Por que os Direitos Humanos não vingaram no Brasil?
Contribuições da Semiótica Discursiva para um debate civilizatório
DOI:
https://doi.org/10.14393/LL63-v36n1-2020-12Palavras-chave:
Semiótica, Direitos Humanos, Semiótica tensiva, Comunicação Social, DemocraciaResumo
O Brasil construiu, após o período da Redemocratização, um senso comum avesso aos Direitos Humanos. A despeito do conteúdo jurídico igualitário e ético do humanismo, militantes, estudiosos e profissionais humanistas são vistos de forma negativa por parte da população. A compreensão das estratégias enunciativas utilizadas para difundir esse entendimento integra o esforço para o enfrentamento de um estado de coisas de crescente radicalização política e restrição de direitos no final da década de 2010. A semiótica discursiva oferece um arcabouço abrangente de ferramentas de análise aplicáveis a esses discursos de ódio, desde o percurso gerativo de sentido até a abordagem tensiva com seus estudos da dimensão sensível da significação.
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