Imaginário do Cangaço: da poética carolíngia ao folheto de cordel e cinema
Palavras-chave:
imaginário, Cangaço, Poética Carolíngia, Folheto, CinemaResumo
A literatura de cordel, no Brasil, inscreve-se como uma escritura tecida pelas vozes e performances de cavaleiros oriundos da História de Carlos Magno e os Doze Pares de França. O imaginário do cangaço, marcado, inicialmente, pelo signo da honra, atualiza-se, entre meados da década de 1930 e final da década de 1960. Inseridos numa movência de estruturas semânticas e simbólicas, folhetos de cordel e filmes, neste mesmo período, representaram, em seus versos, capas, cartazes, cenas, alegorias e performances de heróis cangaceiros, mensagens de uma escritura transitiva, produtora de sentidos, profundamente, engajados na "bacia semântica" do nomadismo. Posto como metonímias de retirantes nordestinos, estes heróis recebem, neste estudo, o epíteto de cangaceiros urbanos. Nesta perspectiva, o objetivo geral desse artigo foi apresentar este nomadismo geográfico e simbólico do cangaço em folhetos e filmes, tanto em suas diegeses textuais e fílmicas quanto na passagem de uma mídia a outra. A argumentação da tese fundamenta-se no método sociológico da ciência da linguagem, proposta por Mikhail Bakhtin, na teoria antropológica do imaginário de Gilbert Durand e nos conceitos de movência, performance e nomadismo de Paul Zumthor.Downloads
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