Imaginário do Cangaço: da poética carolíngia ao folheto de cordel e cinema

Autores

  • Gilvan de Melo Santos UEPB

Palavras-chave:

imaginário, Cangaço, Poética Carolíngia, Folheto, Cinema

Resumo

A literatura de cordel, no Brasil, inscreve-se como uma escritura tecida pelas vozes e performances de cavaleiros oriundos da História de Carlos Magno e os Doze Pares de França. O imaginário do cangaço, marcado, inicialmente, pelo signo da honra, atualiza-se, entre meados da década de 1930 e final da década de 1960. Inseridos numa movência de estruturas semânticas e simbólicas, folhetos de cordel e filmes, neste mesmo período, representaram, em seus versos, capas, cartazes, cenas, alegorias e performances de heróis cangaceiros, mensagens de uma escritura transitiva, produtora de sentidos, profundamente, engajados na "bacia semântica" do nomadismo. Posto como metonímias de retirantes nordestinos, estes heróis recebem, neste estudo, o epíteto de cangaceiros urbanos. Nesta perspectiva, o objetivo geral desse artigo foi apresentar este nomadismo geográfico e simbólico do cangaço em folhetos e filmes, tanto em suas diegeses textuais e fílmicas quanto na passagem de uma mídia a outra. A argumentação da tese fundamenta-se no método sociológico da ciência da linguagem, proposta por Mikhail Bakhtin, na teoria antropológica do imaginário de Gilbert Durand e nos conceitos de movência, performance e nomadismo de Paul Zumthor.

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Biografia do Autor

Gilvan de Melo Santos, UEPB

Doutor em Linguística, Departamento de Psicologia / Centro Paraibano de Estudos do Imaginário - UEPB

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Publicado

2015-01-16

Como Citar

SANTOS, G. de M. Imaginário do Cangaço: da poética carolíngia ao folheto de cordel e cinema. Letras & Letras, Uberlândia, v. 30, n. 1, p. 161–176, 2015. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/letraseletras/article/view/27394. Acesso em: 22 jul. 2024.