A “dança das línguas”

tradução e autoficção em contextos migratórios

Autores/as

  • Rosvitha Friesen Blume

DOI:

https://doi.org/10.14393/DL32-v11n5a2017-10

Palabras clave:

Tradução, Autoficção, Contextos migratórios, Papel ético-político, Tradutora

Resumen

Em tempos de grandes movimentos migratórios como os que presenciamos na atualidade, o papel da tradução, bem como o da escrita autobiográfica se tornam questões prementes. A primeira, uma necessidade pragmática para a sobrevivência no novo meio; a segunda, uma tentativa de processamento de experiências que representam incisões profundas na biografia pessoal dos sujeitos migrantes. Com base nas pesquisas de Karpinski (2012) sobre autobiografia, migração e tradução, objetiva-se, aqui, realizar uma análise de alguns textos das escritoras radicadas na Alemanha Emine Sevgi Özdamar e Yoko Tawada. Elas são representantes de uma literatura autoficcional em língua alemã que narra histórias de deslocamentos geográficos, culturais e linguísticos, deslocamentos esses que demandam multifacetados exercícios de tradução, tanto interlinguísticos quanto culturais e identitários. Escritas como essas revelam o papel ético-político da autora-tradutora a serviço da mediação e da aproximação entre línguas-culturas-geografias supostamente distantes.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Métricas

Cargando métricas ...

Citas

DERRIDA, J. O Monolinguismo do Outro. Ou a prótese de origem. Trad. Fernanda Bernardo. Porto: Campo das Letras, 2001.

DIETZ, G.; VOGT, C. Tochtersprache. Der Spiegel. Hamburg, 40/2010.

DUFRESNE, M. Emine Sevgi Özdamar Mutter(s)zunge. Der Weg zum eigenen Ich. Germanica. Lille, n. 38, p. 2-11, 2006.

FIGUEIREDO, E. Régine Robin: autoficção, bioficção, ciberficção. Ipotesi, Juiz de Fora, v. 11, n. 2, p. 2006, jul./dez. 2007.

GÜDE, E. Zur Poetik der Sprachmischung bei Emine Sevgi Özdamar – Eine Spurenlese. Studien zur deutschen Sprache und Literatur, Istanbul, v. 2, n. 26, p. 21-40, 2011.

HERZOG, A. Transkulturelle Elemente bei Emine Sevgi Özdamar. Die Brücke vom Goldenen Horn’ und Mutterzunge’. Diplomarbeit: Universität Wien, 2010.

KARPINSKI, E. C. Borrowed Tongues. Life Writing, Migration, and Translation. Waterloo: Wilfrid Laurier University Press, 2012.

LEJEUNE, P. O pacto autobiográfico. De Rousseau à Internet. 2. ed. Trad. Jovita M. G. Noronha e Maria Guedes. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014.

ÖZDAMAR, E. S. Mutterzunge. Erzählungen. 4. ed. Berlin: Rotbuch, 2010.

RUSHDIE, S. Imaginary Homelands. London: Granta Books, 1991.

TAWADA, Y. Überseezungen. 4. ed. Tübingen: Konkursbuch Verlag Claudia Gehrke, 2013.

WEBER, A. Im Spiegel der Migrationen. Transkulturelles Erzählen und Sprachpolitik bei Emine Sevgi Özdamar. Bielefeld: Transcript, 2009. https://doi.org/10.14361/9783839411117

WRIGHT, C. Yoko Tawada’s Portrait of a Tongue. Ottawa: University of Ottawa Press, 2013.

YILDIZ, Y. Political Trauma and Literal Translation: Emine Sevgi Özdamar’s Mutterzunge. In: LÜTZELER, P. M.; SCHINDLER, S. K. (Ed.). Gegenwartsliteratur. Tübingen: Stauffenburg Verlag, 2008, p. 249-270.

Publicado

2017-12-21

Cómo citar

BLUME, R. F. A “dança das línguas”: tradução e autoficção em contextos migratórios. Domínios de Lingu@gem, Uberlândia, v. 11, n. 5, p. 1567–1582, 2017. DOI: 10.14393/DL32-v11n5a2017-10. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/dominiosdelinguagem/article/view/37345. Acesso em: 22 jul. 2024.