Desafios-chave no ensino de espanhol como língua estrangeira e e/l2 para estudantes russófonos
DOI:
https://doi.org/10.14393/DLv19a2025-19Palavras-chave:
Gramática contrastiva, Espanhol como segunda língua, Falantes de russo, Ensino-aprendizagem, ELEResumo
Este estudo aborda a relevância da gramática contrastiva como ferramenta fundamental para o ensino de espanhol como língua estrangeira (ELE) e espanhol como segunda língua (E/L2) para estudantes falantes de russo. A gramática contrastiva, ao comparar sistematicamente as estruturas gramaticais da língua materna (russo) e da língua-alvo (espanhol), permite identificar e solucionar as principais dificuldades enfrentadas por esses aprendizes. O trabalho baseia-se em pesquisas prévias de Svetlana Maliavina (2005) e Guzmán Tirado (2018), que destacam a importância de focar em três tipos de desafios linguísticos: a ausência, a presença e a divergência de categorias gramaticais entre o russo e o espanhol (Gak, 2007).
O objetivo principal deste estudo é otimizar o processo de ensino-aprendizagem do espanhol para falantes de russo, identificando os principais desafios gramaticais e propondo estratégias pedagógicas eficazes. Além disso, busca-se demonstrar como a gramática contrastiva pode ser utilizada como um guia prático para professores de ELE/E/L2, facilitando a transição dos estudantes para a língua-alvo em contextos educacionais heterogêneos. A metodologia consistiu em uma análise comparativa das estruturas gramaticais do russo e do espanhol, com foco em três áreas principais: conjugação verbal, tempos verbais e uso de preposições. Foram revisados e comparados os estudos de Maliavina (2005) e Guzmán Tirado (2018), além de outras fontes relevantes, para identificar padrões de dificuldades comuns entre os aprendizes. A análise incluiu exemplos práticos de erros frequentes e propostas de abordagens pedagógicas baseadas na gramática contrastiva. Os resultados evidenciaram que os falantes de russo enfrentam desafios específicos devido às diferenças estruturais entre as duas línguas. Por exemplo, o sistema verbal do espanhol, com sua complexidade de tempos e modos, contrasta significativamente com a simplicidade do sistema verbal russo, gerando confusão entre os aprendizes. Além disso, as preposições, que muitas vezes não têm correspondência direta entre as duas línguas, representam outro ponto de dificuldade. A gramática contrastiva mostrou-se eficaz na antecipação e prevenção desses erros, oferecendo aos professores ferramentas claras e estruturadas para o ensino. Conclui-se que a gramática contrastiva é uma ferramenta indispensável tanto para alunos quanto para professores de ELE/E/L2. Ela não apenas facilita o aprendizado do espanhol para falantes de russo, mas também serve como um guia pedagógico para os professores, permitindo-lhes adaptar suas estratégias de ensino às necessidades específicas dos estudantes. Este estudo reforça a importância de incorporar a gramática contrastiva nos currículos de ELE/E/L2, contribuindo para um processo de ensino-aprendizagem mais eficiente.
Downloads
Referências
BAICCHI, A.; BROCCIAS, C. Constructional and cognitive explorations of contrastive linguistics. Genova: Università degli Studi di Genova, 2024. DOI https://doi.org/10.1007/978-3-031-46602-1
CONSEJO DE EUROPA. Marco común europeo de referencia para las lenguas: aprendizaje, enseñanza, evaluación. Volumen complementario. Estrasburgo: Servicio de publicaciones del Consejo de Europa, 2020.
ENGHELS, R.; DEFRANCQ, B.; JANSEGERS, M. New Approaches to Contrastive Linguistics. Empirical and Methodological Challenges. Berlim: De Gruyter Mouton, 2020. DOI https://doi.org/10.1515/9783110682588
FERNÁNDEZ LÓPEZ, S. Interlengua y análisis de errores en el aprendizaje del español como lengua extranjera. Madrid: Universidad Complutense de Madrid, 1990.
GAK, V. Сравнительная типология французского и русского языков [Comparative typology of French and Russian languages] (en ruso). Москва: Наука, 1977.
GUZMÁN TIRADO, R. Español para hablantes de ruso. Madrid: SGEL, 2009.
GUZMÁN TIRADO, R.; HERRADOR DEL PINO, M. Investigaciones de gramática funcional: la aspectualidad en ruso y español. Granada: FCTN’S, 2000.
GUZMÁN TIRADO, R. Sobre las particularidades de la enseñanza del español a estudiantes rusohablantes. Revista de Humanidades, n. 35, p. 217-241, 2018. DOI https://doi.org/10.5944/rdh.35.2018.19986
INSTITUTO CERVANTES. El español en el mundo. Anuario del Instituto Cervantes 2024. 1. ed. Madrid: Instituto Cervantes, 2024. Disponível em: https://cvc.cervantes.es/lengua/anuario/anuario_24/el_espanol_en_el_mundo_anuario_instituto_cervantes_2024.pdf
INSTITUTO CERVANTES. El español en el mundo. Anuario del Instituto Cervantes 2019. 1. ed. Madrid: Instituto Cervantes, 2019. Disponivel em: el_espanol_en_el_mundo_anuario_instituto_cervantes_2019.pdf
KRATOCHVÍLOVÁ, D. The Spanish Conditional (With Reference to English and Czech): A contrastive Cognitive Approach, Praga: Karolinum, 2022. DOI https://doi.org/10.14712/9788024652948
MAÑAS NAVARRETE, I.; NIKOLAEVA, O. El empleo de la lengua materna en el discurso generado en la clase de ELE para rusohablantes. Drevnyaya i Novaya Romaniya, 81, p. 1-17. 2023.
MALIAVINA, T. Dificultades de los estudiantes rusos durante el proceso de aprendizaje de E/L2. In: REYZÁBAL RODRÍGUEZ, M. V.; HILARIO SILVA, P.; MUÑOZ LÓPEZ, B.; PÉREZ FUENTE, J. L.; PERDICES MADRID, J.; SOTO ARANDA, B. (ed.). Perspectivas teóricas y metodológicas: lengua de acogida, educación intercultural y contextos inclusivos. Madrid: Consejería de Educación. 2004. p. 423-459.
REAL ACADEMIA ESPAÑOLA; ASOCIACIÓN DE ACADEMIAS DE LA LENGUA ESPAÑOLA. Ortografía de la lengua española. Disponível em: https://www.rae.es/ortografía/.
ROMERO, M. Tense and Mood in Conterfactual Conditionals: The view from Spanish, Proceedings of the Amsterdam Colloquium. 2025. p. 375-384.
SÁNCHEZ PUIG, M. Fonética rusa -fonética castellana: estudio comparado. Madrid: Rubiños, 1990.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Jorge Torrellas Alonso

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos da licença Creative Commons
CC BY-NC-ND 4.0: o artigo pode ser copiado e redistribuído em qualquer suporte ou formato; os créditos devem ser dados ao autor original e mudanças no texto devem ser indicadas; o artigo não pode ser usado para fins comerciais; caso o artigo seja remixado, transformado ou algo novo for criado a partir dele, o mesmo não pode ser distribuído.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.