ChatGPT não é gênero discursivo
DOI:
https://doi.org/10.14393/DLv18a2024-48Palavras-chave:
ChatGPT, Educação linguística, Dataficação, Gênero discursivo, Capitalismo de VigilânciaResumo
Uma das consequências da dataficação é uma relação extrativa entre sociedade e empresas de tecnologia cujas plataformas se embrenham em nossas vidas, como as Inteligências Artificiais. Umas das consequências do rápido desenvolvimento e popularização de ferramentas de inteligência artificial é o questionamento em torno da conveniência de sua incorporação às práticas pedagógicas como a produção textual. Aqui é defendido que a IA pode ser relevante para prática de escrita, mas não é um gênero discursivo. A partir das potencialidades e impedimentos do ChatGPT, é discutido o conceito de gênero discursivo, o estatuto da escrita em nossa sociedade, e os processos capitais por trás de decisões políticas em torno da adoção de IA no ensino público. As lentes teóricas que enquadram esse trabalho são da Linguística Aplicada Indisciplinar (Moita Lopes, 2006) e do Capitalismo de Vigilância (Zuboff, 2015). Entre os resultados aponta-se a configuração de um regime de reminiscências despersonalizadas como forma de permanência discursiva na atual economia dos dados.
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