Pauta LGBTQIA+ e Letramento Crítico
uma proposta de atividades em aulas de língua inglesa
DOI:
https://doi.org/10.14393/DLv17a2023-38Palavras-chave:
Homossexualidade, Educação Linguística em Inglês, Institutos Federais, Ensino Médio IntegradoResumo
Recentemente, a pauta LGBTQIA+ tem recebido atenção de pesquisadores da Linguística Aplicada Crítica, uma vez que a educação linguística possibilita promover a convivência dos jovens com a diversidade. No entanto, o currículo escolar ainda é bastante conservador, e gestores e professores veem o tema como altamente complexo. Neste artigo, ancorando-se em apontamentos teóricos dos Letramentos Críticos, discute-se uma proposta sistematizada de atividades desenvolvidas em uma aula de Inglês de um curso técnico de informática integrado ao Ensino Médio em uma instituição pública federal no Brasil. A realização das atividades suscitou reflexões em torno do fato de que, de uma perspectiva crítica, textos que abordam temáticas sobre identidades de gênero podem contribuir para uma educação comprometida com uma sociedade mais inclusiva e igualitária.
Downloads
Métricas
Referências
BRASIL. OCEM/LE. Orientações Curriculares do Ensino Médio: Línguas Estrangeiras, Linguagens, Códigos e Tecnologias. Brasília: MEC-SEB, 2006.
BORTONI-RICARDO, S. M. O professor pesquisador: introdução à pesquisa qualitativa. São Paulo: Parábola, 2008.
CHANCEL, L.; PIKETTY, T.; SAEZ, E.; ZUCMAN, G. World Inequality Report 2022. World Inequality Lab, 2022. Disponível em: https://wir2022.wid.world/www-site/uploads/2022/03/0098-21_WIL_RIM_RAPPORT_A4.pdf. Acesso em: 26 set. 2022. DOI https://doi.org/10.4159/9780674276598
DUBOC, A. P. Letramento crítico nas brechas da sala de línguas estrangeiras. In: TAKAKI, N. H.; MACIEL, R. F. (org.). Letramentos em terra de Paulo Freire. Campinas: Pontes, 2017. p. 209-229.
DUBOC, A. P. M.; FERRAZ, D. M. Reading ourselves: placing critical literacies in contemporary language education. Rev. Bras. Linguist. Apl. v. 18, n. 2, 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbla/a/5fBc6fcqNQxKkw53cM6THgn/?lang=en. Acesso em: 09 abr. 2023. DOI https://doi.org/10.1590/1984-6398201812277
FERRAZ, D. M. Visibilidade LGBTQIA+ e educação linguística: por entre os discursos de ódio, aceitação e respeito. Revista X, Curitiba, vol. 14, n. 4, 2019. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/revistax/article/view/66079. Acesso em: 16 abr. 2023. DOI https://doi.org/10.5380/rvx.v14i4.66079
FRANÇA, L. S.; IFA, S. Letramento crítico e questões de gênero e sexualidade em aulas de língua inglesa no Projeto Casas de Cultura no Campus: reflexão e expansão de percepções. The ESPecialist, [S. l.], v. 42, n. 1, 2021. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/esp/article/view/43694. Acesso em: 17 abr. 2023. DOI https://doi.org/10.23925/2318-7115.2021v42i1a2
FREEBODY, P. Critical literacy education: On living with “innocent language.” In: STREET, B.; HORNBERGER, N. H. (ed.). Encyclopedia of language education. Boston: Springer, 2008. p. 107-118.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2013.
HABERMAS, J. Conhecimento e interesse. São Paulo: Editora Unesp, 2014.
JORDÃO, C. M.; FOGAÇA, F. C. O letramento crítico na aula de língua inglesa. DELTA: Documentação e Estudos em Linguística Teórica e Aplicada, [S. l.], v. 28, n. 1, 2014. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/delta/article/view/5482. Acesso em: 8 abr. 2023.
JUCÁ, L. Prefácio: "Quem somos nós, para onde vamos e de onde viemos?" ou sobre a tragédia e a magnificência do viver. In: MARTINEZ, J. Z.; WALESKO, A. M. H. (org.). Formação intercultural e colaborativa entre professor@s. Campinas: Pontes, 2022. p. 11-20.
LIBERALI, F. C. Formação de professores de línguas: rumos para uma sociedade crítica e sustentável. In: GIMENEZ, T.; MONTEIRO, M. C. G. (org.). Formação de professores de línguas na América Latina e transformação social. Campinas: Pontes, 2010. p. 71-91.
LIBERALI, F. C.; LIBERALI, A. R. A. Para pensar a metodologia de pesquisa nas ciências humanas. Revista Inter Fainc, Santo André, v. 1, n. 1, 2011. Disponível em: https://www.academia.edu/14259747/Para_pensar_a_metodologia_de_pesquisa_nas_ci%C3%AAncias_humanas. Acesso em: 20 set. 2022.
LIBERALI, F. C.; MAGALHÃES, M. C. C.; MEANEY, M. C.; SANTIAGO, C.; CANUTO, M.; SANTOS, J. A. A. A group of students’ views on the use of multimedia at school: a critical analysis. In: SILVA, K. A.; PEREIRA, L. S. M. Contemporary critical studies in linguistics: festschrift for Kanavillil Rajagopalan. Campinas: Pontes, 2022. p. 173-200.
LIMA, I. G. de; HYPOLITO, Á. M. A expansão do neoconservadorismo na educação brasileira. Educação e Pesquisa, [S. l.], v. 45, 2019. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ep/article/view/162556. Acesso em: 19 abr. 2023. DOI https://doi.org/10.1590/s1678-463420194519091
LUKE, A.; FREDBODY, P. Critical Literacy and the Question of Normativity: An Introduction. In: MUSPRATT, S.; LUKE, A.; FREDBODY, P. (org.). Constructing Critical Literacies: Teaching and Learning Textual Practice. St. Leonards: Allen & Unwin, 1997. p. 1-18.
MATTOS, A. M. A. Construindo cidadania nas aulas de inglês: uma proposta para o letramento crítico. In: TAKAKI, N. H.; MACIEL, R. F. (org.). Letramentos em terra de Paulo Freire. Campinas: Pontes, 2017. p. 171-191.
MENEZES DE SOUZA, L. M. T. O professor de inglês e os letramentos no século XXI: métodos ou ética? In: JORDÃO, C.; MARTINEZ, J. R.; HALU, R. (org.). Formação “Desformatada”: Prática com Professores de Língua Inglesa. Campinas: Pontes, 2011. p. 279-304.
MENEZES DE SOUZA, L. M. T. M.; MONTE-MÓR, W. Still Critique? Revista Brasileira de Linguística Aplicada, Belo Horizonte, v. 18, n. 2, 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbla/a/xY5kvBfvGC8JkJr9D6WtfVr/?lang=en. Acesso em: 26 ago. 2022. DOI https://doi.org/10.1590/1984-6398201813940
MENEZES DE SOUZA, L. M. T.; MONTE-MÓR, W. Um projeto de educação continuada deve continuar que educação? In: NASCIMENTO, A. K. O.; ZACHI, V. J. (org.). Formação docente em língua inglesa: diferentes perspectivas. Campinas: Mercado de Letras, 2019. p. 9-16.
MONTE MÓR, W. Crítica e Letramentos Críticos: Reflexões preliminares. In: ROCHA, C. H.; MACIEL, R. F. (org.). Língua estrangeira e formação cidadã: por entre discursos e práticas. Campinas: Pontes, 2015. p. 31-59.
MUSPRATT, S.; LUKE, A.; FREDBODY, P. Constructing Critical Literacies: Teaching and Learning Textual Practice. St. Leonards: Allen & Unwin, 1997.
PACHECO, E. Desvendando os institutos federais: identidade e objetivos. Educação Profissional e Tecnológica em Revista, [S. l.], v. 4, n. 1, 2020. Disponível em: https://ojs.ifes.edu.br/index.php/ept/article/view/575. Acesso em: 13 mar. 2023. DOI https://doi.org/10.36524/profept.v4i1.575
PENNYCOOK, A. Critical Applied Linguistics: A Critical Introduction. Mahwah: Lawrence Erlbaum Associates, 2001. DOI https://doi.org/10.4324/9781410600790
RAJAGOPALAN, K. Por uma linguística crítica: linguagem, identidade e a questão ética. São Paulo: Parábola, 2003.
SENE, R. A. R. Identidades de raça, de gênero e de sexualidade nas aulas de língua inglesa na visão das/os estudantes. 2017. 200f. Dissertação (Mestrado em Linguagem, Identidade e Subjetividade) – Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, 2017.
SILVESTRE, V. P. V. Práticas problematizadoras e de(s)coloniais na formação de professores/as de línguas: teorizações construídas em uma experiência com o Pibid. 2016. 239f. Tese (Doutorado em Letras e Linguística) – Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2016.
SILVESTRE, V. P. V. Colaboração e crítica na formação de professores/as de línguas: teorizações construídas em uma experiência com o Pibid. Campinas: Pontes, 2017.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Lauro Sérgio Machado Pereira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos da licença Creative Commons
CC BY-NC-ND 4.0: o artigo pode ser copiado e redistribuído em qualquer suporte ou formato; os créditos devem ser dados ao autor original e mudanças no texto devem ser indicadas; o artigo não pode ser usado para fins comerciais; caso o artigo seja remixado, transformado ou algo novo for criado a partir dele, o mesmo não pode ser distribuído.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.