Gentílicos e topónimos portugueses

algumas questões

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/Lex11-v6n1a2020-11

Palavras-chave:

Gentílicos, Onomástica, Toponímia, Português europeu, Português brasileiro

Resumo

Gentílicos são adjetivos ou substantivos que referem uma relação com um topónimo nacional ou regional. Há várias formas de obter este tipo de palavras em português e não há regra claras que permitam tornar a escolha previsível. Na verdade, os gentílicos sofrem um efeito de tradição que pode torná-los muito diferentes dos topónimos a que se referem (por exemplo, a utilização de formas latinas ou latinizadas para um gentílico, mas não para o topónimo, resulta num par pouco transparente, como Castelo-Branco/albicastrense). Por outro lado, o português dispõe de um grande número de sufixos para a derivação deste tipo de palavras:  Polónia-polaco; México-mexicano; França-francês; Espanha-espanhol. Esta multiplicidade de escolhas gera contrastes entre o português europeu e o português brasileiro: por exemplo, polaco e polonês ou canadiano e canadense. O estudo dos gentílicos não tem atraído a atenção dos linguistas portugueses. Existe um antigo vocabulário geográfico (BERGSTROM e REIS), publicado desde 1955, que enumera cerca de 200 gentílicos portugueses e define formas portuguesas para gentílicos estrangeiros (como Oxónia ou Ausburgo). Um vocabulário mais recente, o Dicionário de Gentílicos e Topónimos, levanta novamente a questão da normalização dos gentílicos e altera alguns deles. No entanto, nem todas as palavras listadas neste dicionário estão realmente presentes no uso contemporâneo do português. O presente trabalho consiste numa descrição e análise crítica deste léxico (por amostragem), procurando encontrar padrões dominantes e fatores de variação, nomeadamente históricos.

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Biografia do Autor

Esperança Cardeira, Universidade de Lisboa

Doutora em Linguística, Universidade de Lisboa (Faculdade de Letras e Centro de Linguística).

Alina Villalva, Universidade de Lisboa

Doutora em Linguística, Universidade de Lisboa (Faculdade de Letras e Centro de Linguística).

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Publicado

22-12-2020

Como Citar

CARDEIRA, E.; VILLALVA, A. Gentílicos e topónimos portugueses: algumas questões. Revista GTLex, Uberlândia, v. 6, n. 1, p. 192–213, 2020. DOI: 10.14393/Lex11-v6n1a2020-11. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/GTLex/article/view/57353. Acesso em: 12 nov. 2024.

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