Avaliação da Detecção de Desmatamento por Métodos de Sensoriamento Remoto no Estado do Tocantins, Brasil, entre 2006/2007 e 2010/2011
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Resumo
Amazônia e Cerrado são os maiores biomas brasileiros e têm sido afetados pela remoção da vegetação nativa. Este
trabalho analisou a detecção de desmatamento no Estado do Tocantins, Brasil, entre 2006/2007 e 2010/2011. O desmatamento
foi mensurado usando dados do sistema DETER (conduzido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais,
INPE), que utiliza imagens do sensor MODIS (Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer, resolução espacial
de 250 m). Esses dados foram comparados com as detecções oriundas de interpretação visual de imagens de satélites
de média resolução espacial (CBERS 2, Landsat 5 e Resourcesat). Em 4.278.372 ha monitorados por interpretação
visual das imagens (locais com predomínio do bioma Cerrado), foram demarcados 842 indicativos de desmatamento
que totalizaram 60.098 ha. Nos 3.963.037 ha monitorados pelo DETER (locais com predomínio do bioma Amazônia),
ocorreram 114 alertas de desmatamento que somaram 12.489 ha. Dessas detecções, 20,9% foram vistoriadas em campo,
confirmando-se desmatamento em 72,8% dos indicativos detectados por interpretação visual, bem como em 81,5%
dos alertas DETER. As demais áreas corresponderam a erros de comissão, por confusão com desmatamentos antigos,
vegetação nativa e queimadas. Estimou-se desmatamento real de 0,92 ha/ km² na área predominantemente bioma Cerrado
(monitorada por interpretação visual de imagens) e de 0,27 ha/ km² na área predominantemente bioma Amazônia
(abrangida pelo monitoramento DETER). Apesar das peculiaridades de cada método, foi clara a maior vulnerabilidade
do Cerrado em relação à Amazônia.
trabalho analisou a detecção de desmatamento no Estado do Tocantins, Brasil, entre 2006/2007 e 2010/2011. O desmatamento
foi mensurado usando dados do sistema DETER (conduzido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais,
INPE), que utiliza imagens do sensor MODIS (Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer, resolução espacial
de 250 m). Esses dados foram comparados com as detecções oriundas de interpretação visual de imagens de satélites
de média resolução espacial (CBERS 2, Landsat 5 e Resourcesat). Em 4.278.372 ha monitorados por interpretação
visual das imagens (locais com predomínio do bioma Cerrado), foram demarcados 842 indicativos de desmatamento
que totalizaram 60.098 ha. Nos 3.963.037 ha monitorados pelo DETER (locais com predomínio do bioma Amazônia),
ocorreram 114 alertas de desmatamento que somaram 12.489 ha. Dessas detecções, 20,9% foram vistoriadas em campo,
confirmando-se desmatamento em 72,8% dos indicativos detectados por interpretação visual, bem como em 81,5%
dos alertas DETER. As demais áreas corresponderam a erros de comissão, por confusão com desmatamentos antigos,
vegetação nativa e queimadas. Estimou-se desmatamento real de 0,92 ha/ km² na área predominantemente bioma Cerrado
(monitorada por interpretação visual de imagens) e de 0,27 ha/ km² na área predominantemente bioma Amazônia
(abrangida pelo monitoramento DETER). Apesar das peculiaridades de cada método, foi clara a maior vulnerabilidade
do Cerrado em relação à Amazônia.
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Como Citar
LAZZARINI, G. M. J.; MAGALHÃES, G. R. D.; SILVA, F. I. da; BARBOSA, E. D.; LEITE, E. F. Avaliação da Detecção de Desmatamento por Métodos de Sensoriamento Remoto no Estado do Tocantins, Brasil, entre 2006/2007 e 2010/2011. Revista Brasileira de Cartografia, [S. l.], v. 66, n. 3, 2014. DOI: 10.14393/rbcv66n3-44754. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revistabrasileiracartografia/article/view/44754. Acesso em: 22 nov. 2024.
Seção
Artigos
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