Documentário cinematográfico e lugar de fala

Lutas narrativas e resistência no filme Meu nome é Jacque

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/LL63-v36nEsp-2020-2

Palavras-chave:

Documentário, Resistência, Lugar de fala, Transexual, Cinema

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo refletir acerca do documentário cinematográfico enquanto um lugar de fala. Mirando uma vertente de obras com personagens marginalizados, os filmes se apresentam como um espaço para disputar as narrativas na sociedade, ajudando os sujeitos subalternizados a ocuparem lugares visíveis e oferecerem suas próprias histórias em atrito a narrativas dominantes, as quais são capazes de fabricar a exclusão de grupos sociais. Busca-se, assim, entender esse processo a partir do documentário Meu nome é Jacque, o qual traz uma narrativa sobre uma mulher transexual, contada por ela mesma. Realizou-se uma análise sobre o filme iluminada pelas reflexões acerca do lugar de fala, resistência, discurso e representatividade. Considera-se o documentário, portanto, como uma estratégia de resistência para subverter relações de poder historicamente construídas, a exemplo das pessoas transexuais.

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Biografia do Autor

Matheus Andrade, UFPB

Mestre em Letras pela Universidade Federal da Paraíba. Professor do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Gisele Cortês, Universidade Federal da Paraíba

Graduada em Pedagogia (1996) e Ciências Sociais (1998) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Possui Mestrado (2002) e Doutorado (2008) em Sociologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Atualmente é professora associada do Departamento de Ciência da Informação da Universidade Federal da Paraíba e professora do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal da Paraíba (PPGCI/UFPB). Atua nos seguintes temas: Organização Acesso e Uso da Informação, Mediação da Informação e Relações de Gênero.

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Publicado

2020-11-25

Como Citar

ANDRADE, M.; CORTÊS, G. Documentário cinematográfico e lugar de fala: Lutas narrativas e resistência no filme Meu nome é Jacque. Letras & Letras, Uberlândia, v. 36, n. especial, p. 14–29, 2020. DOI: 10.14393/LL63-v36nEsp-2020-2. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/letraseletras/article/view/50692. Acesso em: 21 nov. 2024.