Documentário cinematográfico e lugar de fala
Lutas narrativas e resistência no filme Meu nome é Jacque
DOI:
https://doi.org/10.14393/LL63-v36nEsp-2020-2Palavras-chave:
Documentário, Resistência, Lugar de fala, Transexual, CinemaResumo
O presente trabalho tem como objetivo refletir acerca do documentário cinematográfico enquanto um lugar de fala. Mirando uma vertente de obras com personagens marginalizados, os filmes se apresentam como um espaço para disputar as narrativas na sociedade, ajudando os sujeitos subalternizados a ocuparem lugares visíveis e oferecerem suas próprias histórias em atrito a narrativas dominantes, as quais são capazes de fabricar a exclusão de grupos sociais. Busca-se, assim, entender esse processo a partir do documentário Meu nome é Jacque, o qual traz uma narrativa sobre uma mulher transexual, contada por ela mesma. Realizou-se uma análise sobre o filme iluminada pelas reflexões acerca do lugar de fala, resistência, discurso e representatividade. Considera-se o documentário, portanto, como uma estratégia de resistência para subverter relações de poder historicamente construídas, a exemplo das pessoas transexuais.
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