Romance da Pedra do Reino e a recepção pós-colonial de Homero
DOI:
https://doi.org/10.14393/LL63-v40-2024-31Palavras-chave:
Romance da Pedra do Reino, Ariano Suassuna, Homero, Recepção dos Clássicos, Literatura pós-colonialResumo
Apesar de datar da segunda metade do século XX, o
Romance da Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, de Ariano Suassuna, propõe uma reflexão sobre a herança colonial portuguesa tendo como propósito refundar a nação a partir da mescla entre o erudito e o popular, com destaque para a cultura mestiça do sertão nordestino. A recepção de Homero é uma das estratégias de que o autor se vale para alcançar esse objetivo. Quaderna, o narrador protagonista do romance, inicia por rivalizar com o poeta grego, a quem atribui o título de Gênio Máximo da Humanidade, mas no afã de superá-lo termina por tornar-se um Homero Brasileiro. Defendo neste artigo que o Romance da Pedra do Reino constitua uma recepção pós-colonial de Homero.
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