Educação de surdos e colonialidade do poder linguístico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/LL63-v37n2-2021-20

Palavras-chave:

Educação de surdos, Libras, Colonialidade

Resumo

O presente estudo apresenta uma breve discussão sobre a colonização linguística imposta à comunidade surda brasileira por meio de práticas ouvintistas. Assumimos como hipótese que o ouvintismo sofrido pelos surdos pode ter impactado de maneira negativa o processo de educação do povo surdo. O objetivo geral desta investigação é buscar refletir sobre a colonialidade do poder linguístico na educação de sujeitos surdos. A metodologia de pesquisa fundamenta-se na abordagem qualitativa, em que assumimos como procedimento metodológico a pesquisa bibliográfica com revisão da literatura sobre a educação de surdos e a colonialidade do poder linguístico. Como arcabouço teórico do estudo, os trabalhos de Hall (2016), Karnopp (2006), Skliar (1998, 2013), Strobel (2009, 2008), dentre outros autores; os documentos oficiais, a Lei 10.436/02, a Lei 14.191/21 e o Decreto 5.626/05; fundamentaram nossas discussões. Como resultado de pesquisa, foi confirmada a hipótese de as imposições dos ouvintes, como maioria linguística, acarretarem efeitos prejudiciais no processo educacional dos surdos, como minoria linguística. Rumo a efetivar uma luta decolonial no contexto educacional e linguístico, o povo surdo resiste por meio de sua cultura e de sua identidade. A exemplo disso, temos os Estudos Surdos, a Literatura Surda, o Slam do Corpo, o reconhecimento da Libras como status linguístico, dentre outros movimentos que buscam conferir meios para interromper os efeitos colonizantes e seus impactos na história dos surdos.

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Biografia do Autor

Letícia de Sousa Leite, Universidade Federal de Uberlândia

Doutoranda em Estudos Linguísticos e Intérprete de Libras da Universidade Federal de Uberlândia – UFU. Pesquisadora do GPELET– Grupo de Pesquisas em Estudos da Linguagem, Libras, Educação Especial e a Distância e Tecnologias.

Tayna Batista Cabral, Universidade Federal de Uberlândia

Mestrado em andamento em Estudos Linguísticos pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos - PPGEL da Universidade Federal de Uberlândia - UFU com foco na teoria, descrição e análise linguística. Licenciatura em Letras: Língua Portuguesa com Domínio de Libras pela UFU. Pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Estudos da Linguagem, Libras, Educação Especial e a Distância e Tecnologias – GPELET. Intérprete de Libras da Divisão de Ensino, Pesquisa, Extensão e Atendimento em Educação Especial - DEPAE da Universidade Federal de Uberlândia - UFU.

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Publicado

2021-12-31

Como Citar

DE SOUSA LEITE, L.; BATISTA CABRAL, T. Educação de surdos e colonialidade do poder linguístico. Letras & Letras, Uberlândia, v. 37, n. 2, p. 425–444, 2021. DOI: 10.14393/LL63-v37n2-2021-20. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/letraseletras/article/view/57605. Acesso em: 21 nov. 2024.

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