“Home gesture is not part of the deaf culture"

The curtailment of homesign languages in bi/multilingual education

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/LL63-v35nEsp2019-15

Palavras-chave:

Línguas de sinais caseiras, Língua brasileira de sinais, Educação de surdos, Multilinguismo

Resumo

Recentemente a língua brasileira de sinais (Libras) obteve o reconhecimento do seu estatuto linguístico e, a partir de uma visão sócio-antropológica da surdez, alguns estudos têm distanciado o surdo das concepções patologizadas baseadas na deficiência auditiva e inserido o mesmo em discussões sobre educação bilíngue em contextos de minorias. Contudo, há ainda grande resistência em admitir o surdo como bilíngue, principalmente quando ele não apresenta o domínio esperado na língua majoritária do país ou em uma língua de sinais convencional, ou seja, se a comunicação ocorrer por meio de línguas de sinais caseiras. Assim, o objetivo da presente pesquisa qualitativa de cunho etnográfico, inserida no campo da Linguística Aplicada, foi  discutir o cerceamento do uso das línguas de sinais caseiras na educação bi/multilíngue de surdos, a partir das representações de familiares de surdos e seus profissionais e estagiários surdos e ouvintes que frequentam um programa de apoio escolar. A análise das representações dos participantes demonstrou o processo de descaracterização linguística dessa comunicação familiar, sendo as línguas de sinais caseiras descritas como um sistema linguístico restrito, prejudicial ao aprendizado das línguas já estabelecidas (português e Libras) e uma ameaça para a inclusão da pessoa surda em sua comunidade. Acreditamos que essas representações estão calcadas em um conceito estático de língua e precisam ser revistas, pois desconsideram a diversidade linguística e cultural da surdez e dificultam ainda mais a comunicação entre familiares ouvintes e seus filhos surdos, além de reforçar a marginalização do surdo dentro da escola e da sua própria comunidade.

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Biografia do Autor

Kate Mamhy Oliveira Kumada, Universidade Federal do ABC

Possui graduação em Pedagogia com habilitação em Educação Especial na área da Deficiência Auditiva pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2008), Aprimoramento e Especialização em Surdez: desenvolvimento e inclusão pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (2009), Especialização em Libras pela Faculdade Itaquá (2016), Mestrado em Linguística Aplicada pelo Instituto de Estudos da Linguagem pela Universidade Estadual de Campinas (2012) e Doutorado em Educação Especial pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (2016). Atualmente é Professora Adjunta da Universidade Federal do ABC e Profa Colaboradora da Faculdade de Engenharia Elétrica e da Computação da Unicamp. Também é líder do Grupo de Pesquisa do CNPq "Surdos e Libras - SueLi". Membro do Projeto Tecnologias Assistivas para Surdos (TAS) desenvolvido na Unicamp e Pesquisadora do Grupo de Pesquisa do CNPq "Políticas de Educação Especial" desenvolvido na USP. Atua principalmente nos seguintes temas: surdez, língua de sinais, libras, produção de materiais didáticos para surdos, tradução, tecnologias para surdos, avatares, letramento, multilinguismo,educação a distância.

Marilda do Couto Cavalcanti, Universidade Estadual de Campinas

Ph.D. (University of Lancaster), Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, CNPq researcher

Ivani Rodrigues Silva, Universidade Estadual de Campinas

Ph.D. (Universidade Estadual de Campinas), Universidade Estadual de Campinas

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Publicado

2019-10-23

Como Citar

OLIVEIRA KUMADA, K. M.; CAVALCANTI, M. do C.; SILVA, I. R. “Home gesture is not part of the deaf culture": The curtailment of homesign languages in bi/multilingual education. Letras & Letras, Uberlândia, v. 35, n. especial, p. 315–343, 2019. DOI: 10.14393/LL63-v35nEsp2019-15. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/letraseletras/article/view/49331. Acesso em: 22 dez. 2024.

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