Resistência e pertencimento
Representações do Judaísmo em K., de Bernardo Kucinski
DOI:
https://doi.org/10.14393/LL63-v36n2-2020-8Palavras-chave:
Judaísmo, Literatura brasileira contemporânea, Ditadura civil-militar brasileira, Literatura judaica, Bernardo KucinskiResumo
No romance K. Relato de uma Busca (2014), Bernardo Kucinski conta a história de K., um imigrante judeu cuja filha foi “desaparecida” durante a ditadura civil-militar no Brasil (1964-1985), traçando uma linha tênue entre verdade e ficção. Através da análise de aspectos literários da obra, este artigo aborda suas representações do povo judeu e do judaísmo, ressaltando a interseção entre resistência e pertencimento, especialmente em um contexto autoritário. No romance, resistência, além de aparecer como parte fundamental da história dos judeus, estabelece uma conexão entre as personagens do romance e o legado cultural e histórico de uma comunidade judaica global. Nesse sentido, levanta-se o questionamento de como um senso de pertencimento a essa comunidade impacta a busca do pai por sua filha na narrativa de Kucinski.
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