Competição entre afinal e enfim
DOI:
https://doi.org/10.14393/DL19-v9n3a2015-13Palabras clave:
marcadores discursivos, implicatura convencional, desenvolvimento diacrônico, princípio de contrasteResumen
O presente estudo concentra-se no uso dos marcadores discursivos afinal e enfim a partir de dados do Corpus do Português Davies-Ferreira. Primeiramente, faz-se uma breve apresentação sobre marcadores discursivos. Em um segundo momento, busca-se elencar os usos mais comuns de cada um dos marcadores em foco no estudo para, posteriormente, abordar seu desenvolvimento diacrônico. Segue-se a análise dos dados, cujo intuito é comparar o número de usos de afinal e enfim com o valor justificativo, uso que os dois marcadores partilham.A partir da análise, foi possível verificar, entre outros resultados, que: a) a frequência de ambos os marcadores diminuiu do século 19 para o século 20; b) o marcador enfim com valor justificativo, mais frequente que afinal com o mesmo valor no século 19, foi superado em frequência por afinal no século 20. A maior frequência de afinal justificativo em relação a enfim, no século 20, está de acordo com o Princípio de Contraste, postulado por Clark(1980).
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