O Objeto Digital de Aprendizagem “Min e as Mãozinhas” à luz dos Novos Letramentos
DOI:
https://doi.org/10.14393/DLv19a2025-61Palabras clave:
Objeto Digital de Aprendizagem, Libras, Novos Letramentos, Cultura Surda, Educação InclusivaResumen
Este artigo tem como objetivo analisar o desenho animado “Min e as Mãozinhas” enquanto Objeto Digital de Aprendizagem (ODA). Pretendemos relacionar as bases teóricas dos Novos Letramentos às práticas educacionais inclusivas com a utilização do desenho animado “Min e as mãozinhas” enquanto ODA; investigar as influências do desenho em Libras "Min e as Mãozinhas" como ODA no processo de construção identitária/cultural de alunos surdos; e identificar as possíveis contribuições do ODA “Min e as Mãozinhas” para a ampliação do vocabulário de alunos surdos. Para a nossa fundamentação teórica, baseamo-nos nas principais pesquisas realizadas na área dos Novos Letramentos, como dos teóricos Lankshear e Knobel (2003, 2006, 2007), Rojo e Moura (2019), Takaki e Santana (2014), Nunes (2005) e Perlin e Miranda (2003) na área da Cultura Surda. Utilizando os pressupostos teóricos e metodológicos dos Novos Letramentos, a pesquisa, de abordagem qualitativa e caráter documental, , analisou aspectos linguísticos, multimodais e culturais dos episódios do desenho animado “Min e as Mãozinhas”, disponíveis no canal oficial da série no YouTube. Foram observados aspectos como a modalidade linguística empregada - a Libras, os temas abordados, a representação da cultura surda e o potencial educativo das narrativas e recursos visuais. A análise buscou identificar de que forma o ODA promove o engajamento linguístico e identitário dos alunos surdos, ao mesmo tempo em que contribui para sua inserção crítica e ativa na cultura digital. Também analisamos a estrutura interativa do canal, que estimula a participação do público e amplia o alcance da série para além da sala de aula tradicional. Os resultados apontam que o ODA “Min e as Mãozinhas” se configura como uma ferramenta que integra recursos visuais e linguísticos de maneira articulada, acessível e lúdica. O desenho promove práticas de letramento que vão além da decodificação de sinais, envolvendo competências multimodais e digitais. Observamos que a presença de uma protagonista surda, a centralidade da Libras como meio de comunicação e a valorização de elementos da cultura surda contribuem diretamente para o fortalecimento da identidade linguística e cultural dos alunos. Concluímos que esse ODA representa uma iniciativa inovadora que articula língua, identidade e inclusão no ambiente digital, reafirmando a importância de recursos educacionais digitais que respeitem e representem a diversidade linguística e cultural.
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Referencias
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