Retextualização no ensino-ap(p)rendizagem
investigando a categoria hipertexto-hipertexto no Instagram
DOI:
https://doi.org/10.14393/DLv18a2024-1Palavras-chave:
Gênero discursivo digital, Retextualização, Hipertexto, InstagramResumo
Retextualização é a produção de um novo texto a partir de um texto anterior (ou um conjunto deles), sendo observada em atividades cotidianas ou com propósito de ensino-aprendizagem. Marcuschi (2010a) apresenta quatro tipos de retextualização, no continuum fala-escrita. Neste artigo, investiga-se a atividade de retextualização do tipo hipertexto-hipertexto, que ocorre no ambiente digital. Para tanto, foram analisados dados processuais de uma retextualização hipertextual, coletados enquanto duas estudantes do Ensino Médio elaboravam, conjuntamente, publicações de Instagram. Os dados foram captados em vídeo e áudio e, posteriormente, transcritos. O corpus consiste em: (i) transcrição do diálogo mantido pela dupla enquanto retextualizava; (ii) transcrição de entrevista semiestruturada gravada em áudio com as estudantes; (iii) duas publicações de Instagram elaboradas pelas alunas. A partir dos dados, o processo de construção dos hipertextos foi remontado, descrevendo as sete tarefas de produção da retextualização propostas por Dell’Isola (2007). A investigação apontou que a categoria hipertexto-hipertexto apresenta peculiaridades em seu processo de concepção e produção. Dessa forma, faz-se necessário abordar a retextualização hipertextual de forma diferenciada, o que justifica um quinto tipo de retextualização, em adição aos quatro tipos apresentados por Marcuschi (2010a).
Downloads
Métricas
Referências
AMORIM, M. M. P. O hipertexto no ensino-(app)rendizagem: a retextualização no meio digital. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista, 2021. DOI https://doi.org/10.54221/rdtdppglinuesb.2021.v9i1.224
BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. São Paulo: Editora 34, 2016 [1895-1975].
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos - Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2018. Disponível em: basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 12 jul. 2020.
DELL’ISOLA, R. L. P. Retextualização de gêneros escritos. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007.
DOLZ, J.; NOVERRAZ, M.; SCHNEUWLY, B. Sequências didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento. In: SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. et al. Gêneros orais e escritos na escola. Tradução de Roxane Rojo e Glaís Sales. 3. ed. Campinas: Mercado de Letras, 2011. p. 81-108.
DEPRESSION – In memory of Robin Williams. WCircle. 2019. Disponível em: https://www.vwscircle.com/index.php/2019/09/06/depression-in-memory-of-robin-williams/ . Acesso em: 12 jul. 2020.
GINZBURG, C. Sinais: raízes de um paradigma indiciário. In: GINZBURG, C. Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. Tradução: Federico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, p. 143-275.
KOCH, I. G. V. Desvendando os segredos do texto. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2003.
KOCH, I. G. V.; ELIAS, V. M. Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2010.
MARCUSCHI, L. A. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 10. ed. São Paulo: Cortez, 2010a.
MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais emergentes no contexto da tecnologia digital. In: MARCUSCHI, L. A.; XAVIER, A. C. S. (org.). Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de construção de sentido. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2010b. p. 15-80.
REDE GLOBO. Morte de Robin Williams levanta discussão sobre depressão no humor. 2014. (5m15s). Disponível em: https://globoplay.globo.com/v/3569997/. Acesso em: 12 jul. 2020.
ROJO, R. H. R.; BARBOSA, J. P. Hipermodernidade, multiletramentos e gêneros discursivos. São Paulo: Parábola Editorial, 2015.
SCHNEUWLY, B. Gêneros e tipos de discurso: considerações psicológicas e ontogenéticas. In: SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. et al. Gêneros orais e escritos na escola. Tradução de Roxane Rojo e Glaís Sales. 3. ed. Campinas: Mercado das Letras, 2011, p. 19-34.
SETEMBRO Amarelo: como conversar com alguém que está pensando em cometer suicídio. G1, 09 set. 2019. Disponível em: https://tinyurl.com/g1setamarelo. Acesso em: 28 mai. 2020.
SILVA, J. Q. G. Um estudo sobre o gênero carta pessoal: das práticas comunicativas aos indícios de interatividade na escrita dos textos. 2002. 209 f. Tese (Doutorado em Linguística) – Programa de Pós-Graduação em Letras – Estudos Linguísticos, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2002. Disponível em: https://tinyurl.com/umestudocartapessoal. Acesso em: 10 mar. 2022.
SOUZA, M. E. F.; BIAVATI, N. D. F. Letramento do professor em formação continuada: indícios e gestos, saberes e práticas. In: Letramento e Dialogia: enfoques para a formação de professores. SOUZA, M. E. de F. (org.). Vitória da Conquista: Edições UESB, 2016. p. 45-68.
XAVIER, A. C. S. As tecnologias e a aprendizagem (re)construcionista no século XXI. Revista Hipertextus, v. 1, 2007. Disponível em: http://hipertextus.net/volume1/artigo-xavier.pdf. Acesso em: 08 jul. 2020.
XAVIER, A. C. S. Leitura, texto e hipertexto. In: MARCUSCHI, L; A.; XAVIER, A. C. (org.). Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de construção de sentido. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2010. p. 207-220.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Marina Martins Pinchemel-Amorim, Márcia Helena de Melo Pereira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos da licença Creative Commons
CC BY-NC-ND 4.0: o artigo pode ser copiado e redistribuído em qualquer suporte ou formato; os créditos devem ser dados ao autor original e mudanças no texto devem ser indicadas; o artigo não pode ser usado para fins comerciais; caso o artigo seja remixado, transformado ou algo novo for criado a partir dele, o mesmo não pode ser distribuído.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.