Verdade e mito dos dicionários de aprendizes do inglês e do alemão

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/DL36-v12n4a2018-10

Palavras-chave:

Dicionários de aprendizes de inglês, Dicionários de aprendizes de alemão, Programa de trabalho, Ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras, Norma real

Resumo

Segundo a teoria metalexicográfica, os dicionários pedagógicos estão atrelados ao processo de ensino-aprendizagem de uma língua. Isso significa que não há como dissociar essa classe de obras lexicográficas dos programas de ensino. O objetivo do presente trabalho é avaliar se uma modalidade específica de dicionários pedagógicos, os chamados dicionários de aprendizes de uma língua estrangeira, estão efetivamente atrelados a algum programa de ensino. Ademais, será analisada a maneira como a língua-alvo é descrita. Avaliar-se-á um dicionário de aprendizes de língua inglesa (learner’s dictionary) e outro de língua alemã (Lernerwörterbuch). Foram escolhidos esses idiomas em função de dois fatores. Em primeiro lugar, para ambas as línguas, há documentos que contêm diretrizes sobre o seu ensino-aprendizagem (English Profile (2011) e Profile Deutsch (2005), respectivamente). Em segundo lugar, porque ambas as línguas contam com expoentes de dicionários de aprendizes. Nossos resultados demonstram não há uma correlação entre recursos léxicos específicos e níveis de aprendizagem. Como consequência disso, os documentos supracitados não são úteis para a compilação de dicionários. Os dicionários de aprendizes analisados, por sua vez, refletem a norma em uso, mas, evidentemente, não estão atrelados aos documentos norteadores de ensino-aprendizagem do inglês e do alemão.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Au. FERREIRA, A. B. H. Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Curitiba: Editora Positivo, 2010. 2272 p.

BORBA, L. C. Dicionários de uso na lexicografia hispânica: análise do DUE, DUEAE, DEA e DiClave. In: XI SEPESQ, 2015, Porto Alegre. Sustentabilidade, ciência e ética: responsabilidade ambiental, social, econômica e cultural / XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-graduação. Porto Alegre: UniRitter, 2015b. Disponível em: https://www.uniritter.edu.br/files/sepesq/arquivos_trabalhos/3612/776/870.pdf. Acesso em: 25 fev. 2018.

BORBA, L. C. Lexicografia e ensino: o auxílio dos dicionários gerais de língua espanhola disponíveis na internet. Linguasagem, São Carlos, v. 25, n. 1, 2016. Disponível em: http://www.linguasagem.ufscar.br/index.php/linguasagem/issue/view/8/showToc. Acesso em: 30 abr. 2017.

BORBA, L. C. Panorama da Lexicografia Hispânica. Subsídios para o professor de ELE. Saarbrücken: Novas Edições Acadêmicas, 2017. 108 p.

Breakthrough. TRIM, L.M. Breakthrough. s/l, s/d (manuscrito não publicado oficialmente). Disponível em: http://www.englishprofile.org/the-cefr/further-reading. Acesso em: 20 mar. 2018.

BUGUEÑO MIRANDA, F. V. O que é macroestrutura no dicionário de língua? In: ISQUERDO, A. N.; ALVES, I. M. (org.). As ciências do léxico: lexicologia, lexicografia e terminologia. São Paulo: Humanitas, v. 3, p. 261- 272, 2007a.

BUGUEÑO MIRANDA, F. V. O dicionário como reflexo da língua. Expressão, Santa Maria (UFSM), v. 11, n. 1, p. 97-105, 2007b.

BUGUEÑO MIRANDA, F. V. Sobre a microestrutura em dicionários semasiológicos do alemão. Contingentia, Porto Alegre, v.4, n.2, p. 60-72, 2009. Disponível em: http://seer.ufrgs.br/index.php/contingentia/article/view/11414. Acesso em: 26 mar. 2018.

BUGUEÑO MIRANDA, F. V. As soluções polissêmicas e homonímicas em dicionários semasiológicos. Trama, Marechal Cândido Rondon, v. 12, n. 24, p. 121-153, 2016. Disponível em: http://e-revista.unioeste.br/index.php/trama/article/view/11424. Acesso em: 26 mar. 2018.

BUGUEÑO MIRANDA, F. V.; FARIAS, V. S. O ensino de português e os dicionários escolares: um segmento informativo da microestrutura para fins de produção textual. Polifonia, Cuiabá, v. 14, n. 15, p. 1-14, 2008. Disponível em: http://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/polifonia/article/view/1032. Acesso em: 26 mar. 2018.

BUGUEÑO MIRANDA, F. V.; FARIAS, V. S. Proposta de um modelo de avaliação de dicionários escolares de Língua Portuguesa. In: XIV SEMINÁRIO NACIONAL DE LETRAS E LINGUÍSTICA E IV SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE LETRAS E LINGUÍSTICA, 2013, Uberlândia. Anais do SILEL. Uberlândia: EDUFU, 2013. v. 3., p. 01-20.

CALD. CAMBRIDGE. Cambridge Advanced Learner’s Dictionary. Cambridge: Cambridge University Press, 2013.

CIGE. BRITISH COUNCIL, EAQUALS. A Core Inventory for General English. United Kingdom: British Council, 2011. Disponível em: http://englishagenda.britishcouncil.org/continuing-professional-development/cpd-teacher-trainers/british-council-eaquals-core-inventory-general-english. Acesso em: 26 mar. 2018.

COD. Concise Oxford Dictionary of the English Language. Oxford: OUP, 2010. 1856 p.

COSERIU, E. Lições de linguística geral. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1980.

COSERIU, E. Einführung in die Allgemeine Sprachwissenschaft. Tübingen: Francke, 1992.

CUNHA, C.; CINTRA, L. Nova Gramática do Português Contemporâneo. Rio de Janeiro: Lexikon, 2008.

DContLP. GEIGER, P. (org.). Novíssimo Aulete Dicionário contemporâneo da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Lexikon , 2011. 1456 p.

DUPB. BORBA, F. S. Dicionário de Usos do Português do Brasil. São Paulo: Ática, 2002. 1673 p.

DUW. Duden Deutsches Universalwörterbuch. Mannheim: Bibliographisches Institut, 2003.

ENGELBERG, S.; LEMNITZER, L. Lexikographie und Wörterbuchbenutzung. Tübingen: Saiffenburg, 2009. 327 p.

EP. UNIVERSITY OF CAMBRIDGE. English Profile. Introducing the CEFR for English. Version 1.1. Cambridge: Cambridge University Press, 2011. Disponível em: http://www.englishprofile.org/images/pdf/theenglishprofilebooklet.pdf. Acesso em: 11 fev. 2018.

GloDEsc. Dicionário Global Escolar Silveira Bueno da Língua Portuguesa. São Paulo: Global, 2016.796p.

HARTMANN, R. R. K.; JAMES, G. Dictionary of Lexicography. London: Routledge, 2001. 176p.

HERBST, T.; KLOTZ, M. Lexikographie. Paderborn: Ferdinand Schöningh, 2003.

Hou. HOUAISS, A. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. 1986 p.

KET. CAMBRIDGE ENGLISH LANGUAGE ASSESSMENT. Vocabulary List. Key English Test (KET), Key English Test for Scholars (KETfS). Cambridge: University of Cambridge Local Examinations Syndicate, 2012.

LGwtbDaF Langenscheidt Groβwörterbuch Deutsch als Fremdsprache. Berlin: Langenscheidt: München / Wien, 2015.

LexPäd. JORDAN, Stefan; SCHLÜTER, Marnie (Hrsg.) Lexikon Pädagogik. Hundert Begriffe. Stuttgart: Philipp Reclam, 2010. 320p.

MÖHRING, Jupp; WALLNER, Franziska. Wortschatzlisten auf dem Prüfstand. In: Aussiger Beiträge. Germanistische Schriftreihe aus Forschung und Lehre 7. Ústi nad Labem, 2013, 119-133.

MOURA NEVES, M. H. Guia de Usos do Português: confrontando regras e usos. São Paulo: Editora UNESP, 2003.

OALD. OUP. Oxford Advanced Learner’s Dictionary. Oxford: OUP, 2010. 2126 p.

Profile dt. GLABONIAT, M.; MÜLLER, M.; RUSCH, P.; SCHMITZ, H.; WERTENSCHLAG, L. Profile deutsch. Gemeinsamer europäischer Referenzrahmen. Langenscheidt: München, 2002.

Profile dt. GLABONIAT, M.; MÜLLER, M.; RUSCH, P.; SCHMITZ, H.; WERTENSCHLAG, L. Profile deutsch. Gemeinsamer europäischer Referenzrahmen. Langenscheidt: München, 2005.

QECRL. CONSELHO DA EUROPA. Quadro Europeu Comum de Referência para as línguas: aprendizagem, ensino, avaliação. Portugal: Edições ASA, 2001. Disponível em: http://www.dge.mec.pt/quadro-europeu-comum-de-referencia-para-linguas. Acesso em: 09 fev. 2018.

RICHARDS, J.; SCHMIDT, R.. Longman Dictionary of Language Teaching and Applied Linguistics. Harlow: Longman, 2010. 664p.

ROTHENHÖFER, A. New developments in learner´s dictionaries II: German. In: GOUWS, R.; HEID, U.; SCHWEICKARD, W.; WIEGAND, H. E. (ed.). Wörterbücher, Dictionaries, Dictionnaires. An international Encyclopedia of Lexicography. Supplementary volume. Berlin: de Gruyter, 2013, p. 414-425.

Sacc. SACCONI, L. A. Grande Dicionário Sacconi da Língua Portuguesa: comentado, crítico e enciclopédico. São Paulo: Nova geração, 2010. 2087 p.

Threshold 1990. VAN ECK, J.A.; TRIM, L.M. Threshold. Cambridge: CUP, 1998.

Vantage. VAN ECK, J.A.; TRIM, LM. Vantage. Cambridge: CUP, 2001.

Waystage 1990. VAN ECK, J.A.; TRIM, L.M. Waystage. Cambridge: CUP, 1991.

WtbPhil. ROGENBOGEN, Armin; MEYER, Uwe (Hrsg.). Wörterbuch der philosophischen Begriffe. Hamburg: Felix Meiner, 2013. 895p.

ZGUSTA, L. A manual of lexicography. Prague: Academy of Sciences, 1971.

Downloads

Publicado

19.01.2019

Como Citar

BORBA, L. C. de; BUGUEÑO MIRANDA, F. Verdade e mito dos dicionários de aprendizes do inglês e do alemão. Domínios de Lingu@gem, Uberlândia, v. 12, n. 4, p. 2165–2203, 2019. DOI: 10.14393/DL36-v12n4a2018-10. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/dominiosdelinguagem/article/view/41565. Acesso em: 26 jul. 2024.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)