A língua portuguesa como recurso da política externa brasileira à luz da diplomacia cultural

Autores

  • Alex Sandro Beckhauser Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.14393/DL34-v12n2a2018-2

Palavras-chave:

Diplomacia Cultural, Centros Culturais Brasileiros, Língua Portuguesa, Política Externa

Resumo

O presente trabalho busca estabelecer um diálogo entre o campo das relações internacionais e da política linguística como forma de compreender a importância da língua portuguesa para a diplomacia cultural a fim de obter vantagens para a política externa brasileira e de promover uma boa imagem do Brasil. Buscar-se–á discutir por que o país priorizou a criação de Centros Culturais Brasileiros (CCBs) em países da América Latina e da África em vez de expandi-los para novas potências emergentes. Consideramos que a diplomacia brasileira tem apostado na divulgação de sua imagem para as aspirações internacionais, dentre elas: conquistar votos dos países em desenvolvimento para uma futura reforma do Conselho de Segurança da ONU.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

AGUILAR, S. Diplomacia brasileira para a Paz. In: BRIGAGÃO, C.; FERNANDES, F. Uma cultura brasileira de missões de paz. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2012, p. 215-241.

BARBA, F. R. La diplomacia cultural de México. Real Instituto El Cano. Disponível em: http://www.realinstitutoelcano.org/wps/wcm/connect/f3d637804f0198e48e22ee3170baead1/ARI78_2008_Rodriguez_diplomacia_cultural_Mexico.pdf?MOD=AJPERES Acesso em: 05 maio 2017.

BIJOS, L.; ARRUDA, V. Diplomacia cultural como instrumento de política externa brasileira. Revista Diálogos: a cultura como dispositivo de inclusão, Brasília, v. 13, n., 1, 2010, p. 33-53,.

CALVET, L.-J. As políticas Linguísticas. Tradução: Isabel de Oliveira Duarte; Jonas Tenfen; Marcos Bagno. São Paulo: Parábola Editoria, 2007.

DINIZ, E. O Brasil e as Operações de Paz. In: ALTEMANI, H.; LESSA, A. C. (org). Relações Internacionais do Brasil - Temas e Agendas. Volume 2. São Paulo: Saraiva, 2006, p: 303-337.

DINIZ, L. R. A. Política lingüística do Estado brasileiro na contemporaneidade: a institucionalização de mecanismos de promoção da língua nacional no exterior. 2012. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas: Campinas. 2012.

DUMONT, J.; FLÉCHET, A. “Pelo que é nosso!”: a diplomacia cultural brasileira no século XX. Revista Brasileira de História. São Paulo, V. 34, nº 67, 2014, p. 203-221,.

FRANCO, S. de B. A língua age: política externa brasileira e a difusão da língua portuguesa no governo lula (2003-2010). Dissertação de mestrado. Universidade Federal de Santa Catarina, 2015

FERREIRA, R. M. L. A política brasileira de expansão cultural no Estado Novo (1937-45). 2006. Dissertação de Mestrado. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2006.

G. SANTOS, L. C. Vi. América do Sul no discurso diplomático brasileiro. Brasília: Fundação Alexandre de Guzmão, 2014.

GARCIA, M. A. Prefácio. In: BRIGAGÃO, C.; FERNANDES, F. Uma cultura brasileira de missões de paz. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2012, p. 15-18.

GIL, G. Cultura, diversidade e acesso. In: BRIGAGÃO, C.; FERNANDES, F. Uma cultura brasileira de missões de paz. Fundação Alexandre de Guzmão: Brasília, 2012.

ITAMARATY. O Brasil e o Conselho de Segurança da ONU. Disponível em: http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/paz-e-segurancainternacionais/137-o-brasil-e-o-conselho-de-seguranca-das-nacoes-unidas. Acesso em: 10 jul. 2017.

KURLATZICK, J. Charm offensive: how China’s soft power is transforming the world. New York: Yale University, 2007.

LIMA, A. C. de. Copa da Cultura: o campeonato mundial de futebol como instrumento para a promoção da cultura brasileira no exterior. Brasília: Fundação Alexandre de Guzmão, 2013.

MIYAMOTO, S. O Brasil e a comunidade dos países de língua portuguesa. Revista Brasileira de Política Internacional. 52 (2), 2009, p. 22-42. https://doi.org/10.1590/S0034-73292009000200002

NYE JR., J. S. O paradoxo do poder americano: por que a única superpotência do mundo não pode prosseguir isolada. São Paulo: Universidade Estadual Paulista, 2002.

OLIVEIRA, G. M. Política linguística e internacionalização: a língua portuguesa no mundo globalizado do século XXI. In: Trabalhos em Linguística Aplicada. Campinas, n. 52(2), 2013, p. 409-433. https://doi.org/10.1590/S0103-18132013000200010

RIBEIRO, E. T. Diplomacia Cultural: seu papel na política externa brasileira. Brasília: Fundação Alexandre de Guzmão. 2011 [1989].

ROCHA, R. Quantas línguas falas - plurilinguismo e economia das línguas: o caso da língua portuguesa na China. Administração. N. 101, V. XXVI, 2013, p. 781-789.

SARDEMBERG, R. M. O Brasil e as Nações Unidas. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2013.

VEKLITCH, A. Estudantes Russos celebram língua portuguesa. Gazeta Russa. Disponível em: https://gazetarussa.com.br/arte/2014/05/01/estudantes_russos_celebram_lingua_portuguesa_25409 Acesso em: 30 mar2017.

Downloads

Publicado

29.06.2018

Como Citar

BECKHAUSER, A. S. A língua portuguesa como recurso da política externa brasileira à luz da diplomacia cultural. Domínios de Lingu@gem, Uberlândia, v. 12, n. 2, p. 784–802, 2018. DOI: 10.14393/DL34-v12n2a2018-2. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/dominiosdelinguagem/article/view/40322. Acesso em: 21 nov. 2024.

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.