A “dança das línguas”

tradução e autoficção em contextos migratórios

Autores

  • Rosvitha Friesen Blume

DOI:

https://doi.org/10.14393/DL32-v11n5a2017-10

Palavras-chave:

Tradução, Autoficção, Contextos migratórios, Papel ético-político, Tradutora

Resumo

Em tempos de grandes movimentos migratórios como os que presenciamos na atualidade, o papel da tradução, bem como o da escrita autobiográfica se tornam questões prementes. A primeira, uma necessidade pragmática para a sobrevivência no novo meio; a segunda, uma tentativa de processamento de experiências que representam incisões profundas na biografia pessoal dos sujeitos migrantes. Com base nas pesquisas de Karpinski (2012) sobre autobiografia, migração e tradução, objetiva-se, aqui, realizar uma análise de alguns textos das escritoras radicadas na Alemanha Emine Sevgi Özdamar e Yoko Tawada. Elas são representantes de uma literatura autoficcional em língua alemã que narra histórias de deslocamentos geográficos, culturais e linguísticos, deslocamentos esses que demandam multifacetados exercícios de tradução, tanto interlinguísticos quanto culturais e identitários. Escritas como essas revelam o papel ético-político da autora-tradutora a serviço da mediação e da aproximação entre línguas-culturas-geografias supostamente distantes.

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Publicado

21.12.2017

Como Citar

BLUME, R. F. A “dança das línguas”: tradução e autoficção em contextos migratórios. Domínios de Lingu@gem, Uberlândia, v. 11, n. 5, p. 1567–1582, 2017. DOI: 10.14393/DL32-v11n5a2017-10. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/dominiosdelinguagem/article/view/37345. Acesso em: 22 dez. 2024.