Multilinguismo e política linguística
análise de uma paisagem linguística transfronteiriça
DOI:
https://doi.org/10.14393/DL27-v10n4a2016-4Palavras-chave:
Multilinguismo, Política linguística, Paisagem linguísticaResumo
Os efeitos das mudanças na sociedade têm contribuído para uma diversificação da diversidade e para o aumento de cenários cada vez mais plurilíngues e multiculturais (BLOMMAERT; RAMPTON, 2011). Diante disso, este trabalho investiga como a paisagem linguística da cidade transfronteiriça de Foz do Iguaçu/PR semiotiza o multilinguismo no espaço público, e que políticas linguísticas circunscrevem este contexto. Nosso embasamento teórico teve contribuições do campo da política linguística (HAMEL, 1993; CALVET, 2007; MAHER, 2007, 2008, 2013); de pesquisas na área da paisagem linguística (CENOZ; GORTER, 2008; SHOHAMY; GORTER, 2009; BLOMMAERT; MALY, 2014); e partiu de uma perspectiva interdisciplinar para conceituar superdiversidade e globalização (VERTOVEC, 2007; SOUSA SANTOS, 2010). O corpus da pesquisa de campo foi constituído por meio da captação fotográfica de diferentes textos inscritos nos espaços públicos da cidade. A análise dos dados sugere que o multilinguismo registrado na paisagem linguística de Foz do Iguaçu tem influência dos processos de globalização, especialmente por meio do inglês, que semiotiza também o interlocutor turista, e dos diferentes fluxos imigratórios, com maior expressão dos grupos de língua árabe, que tem sua língua e cultura marcada no centro e no bairro próximo à fronteira do Paraguai; também mostrou que a ordenação do espaço urbano da cidade é semiotizado e semiotiza diferentemente as línguas e comunidades linguísticas que vivem nesse espaço, sendo, portanto, a paisagem linguística reveladora de políticas linguísticas e culturais locais.
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Referências
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