A semiótica do criador
o funcionamento arquetípico de Mestre Kame, Kami-Sama e Senhor Kaioh em Dragon Ball Z
DOI:
https://doi.org/10.14393/AM-v21n1-2024-72996Palavras-chave:
Semiótica arquetípica, Mestre Kame, Kami-Sama, Senhor Kaioh, CriadorResumo
O presente artigo tem por objetivo analisar a produção semiótica do criador nas personagens Mestre Kame, Kami-Sama e Senhor Kaioh em Dragon Ball Z (TORIYAMA, 1989). Com vistas a alcançar o objetivo deste artigo, segue-se o projeto metodológico-heurístico da semiótica arquetípica elaborado em por Soares (2020, 2021a, 2021b, 2023). Assim, em função da organização arquitetônica deste texto, três seções são subsequentemente delineadas. Uma primeira, A semiose (narrativa) do arquétipo de Mestre Kame, Kami-Sama e Senhor Kaioh, na qual descreve-se e interpreta-se a disposição semiótica de Mestre Kame, Kami-Sama e Senhor Kaioh à luz do funcionamento arquétipo do criador, consoante às quatro fases constituintes da narrativa (PLATÃO; FIORIN, 1993). A segunda, A semiótica das necessidades básicas dos criadores em Dragon Ball Z, na qual a relação entre os quatro pontos das necessidades básicas de constituição arquetípica (MARK; PEARSON, 2003) demonstra a narratividade semiótica de Mestre Kame, Kami-Sama e Senhor Kaioh. Decorrente da consecução do objetivo traçado, nas Considerações finais traça-se uma aferição das contribuições oriundas da investigação empreendida. Como um dos resultados obtidos, pode-se chamar atenção para o arquétipo do criador como desencadeador, no circuito no qual se encontra, da tomada de consciência de processos relevantes para o desenvolvimento de outros indivíduos ao seu redor.
Downloads
Referências
BACHELARD, Gaston. A terra e os devaneios da vontade: ensaio sobre a imaginação das forças. Trad. Maria Ermantina de Almeida Prado Galvão. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
BARROS, Diana Luz Pessoa. Teoria semiótica do texto. 4 ed. São Paulo: Ática, 2005.
BÍBLIA. Gêneses. Português. In: A Bíblia on. Disponível em: https://www.bibliaon.com/genesis_1/. Acesso em: 12 abr. 2023.
CAMPBELL, Joseph. O herói de mil faces. 10 ed. Trad. Adail Ubirajara Sobral. São Paulo: Cultrix/Pensamento, 2007.
COMMELIN, Pierre. Mitologia grega e romana. Trad. Eduardo Brandão. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
DRAGON BALL Z. Criação de Akira Toriyama. Japão: Fuji Network System, 1989-1996, son., color. Série animada exibida no Brasil pela rede Bandeirantes.
ECO, Umberto. Interpretação e superinterpretação. Trad. Monica Stahel. 4 ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2018.
ECO, Umberto. O signo. Trad. Maria de Fátima Marinho. 2 ed. Lisboa: Editorial Presença, 1981.
FIORIN, José Luiz. Elementos de análise do discurso. 2 ed. São Paulo: Contexto, 1990.
GREIMAS, Algirdas Julius.; COURTÉS; Joseph. Dicionário de semiótica. Trad. Alceu Dias Lima et al. São Paulo: Cultrix, 1989.
GRINBERG, Luiz Paulo. Jung: o homem criativo. São Paulo: FTD, 1997.
JUNG, Carl Gustav. Os arquétipos e o inconsciente coletivo. Trad. de Maria Luíza Appy, Dora Mariana R. Ferreira da Silva. 2 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
JUNG. Carl Gustav. Mysterium Coniunctionis: pesquisas sobre a separação e a composição dos opostos psíquicos na alquimia. Trad. Valdemar do Amaral. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012a.
JUNG, Carl Gustav. Psicologia e alquimia. Trad. Dora Mariano Ribeiro Ferreira da Silva. 6 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012b.
JUNG, Carl Gustav. A vida simbólica: escritos diversos (vol. I). Trad. Araceli Elman et. al. 7 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2018.
HILLMAN, James. Psicologia arquetípica: uma introdução concisa. Trad. Lucia Rosemberg e Gustavo Barcelos. 2 ed. São Paulo: Editora Cultrix, 2022.
MARK, Margaret; PEARSON, Carol S. O Herói e o Fora-da-Lei: como construir marcas extraordinárias usando o poder dos arquétipos. São Paulo: Cultrix, 2003.
PEARSON, Carol S. O despertar do herói interior: a presença dos doze arquétipos nos processos de autodescoberta e de transformação do mundo. Trad. Paulo César de Oliveira. São Paulo: Pensamento-Cultrix, 1994.
PLATÃO. A República. Trad. Enrico Corvisieri. São Paulo: Editora Nova Cultural, 2004.
PLATÃO, Francisco Savioli; FIORIN, José Luiz. Para entender o texto: leitura e produção. 7 ed. São Paulo: Ática, 1993.
PROPP, Vladimir. Morfologia do conto maravilhoso. Trad. Jasna Paravich Sarhan. 2 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006.
SOARES. Thiago Barbosa. A semiótica do herói: a conflagração do caminho ascendente de Son Goku. Porto das Letras, Vol. 06, Nº especial. 2020. p. 113-128. Acesso em 07 de jul. 2022. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/portodasletras/article/view/9955.
SOARES. Thiago Barbosa. A semiótica do sábio: uma análise da constituição da jornada de Piccolo em Dragon Ball Z. Revista Multidisciplinar de Estudos Nerds/Geek, Rio Grande, v.3, n.5, p. 23-35, jan.jun. 2021a. Acesso em 07 de jul. 2022. Disponível em: https://revistaestudosnerd.wixsite.com/estudosnerd/v-3-n-5-2021.
SOARES. Thiago Barbosa. A semiótica do amigo: uma análise da composição do companheirismo de Kuririn, em Dragon Ball Z. Revista Tabuleiro de Letras, v. 15, n. 01, p. 29-43, jan./jun. 2021b. Acesso em 07 de jul. 2022. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/article/view/10657.
SOARES. Thiago Barbosa. A semiótica do inocente: o funcionamento do arquétipo de Son Gohan em Dragon Ball Z. Revista Tabuleiro de Letras. v. 17, n. 1: jan./abr. 2023. No prelo.
STEIN, Murray. Jung: o mapa da alma: uma introdução. Trad. Álvaro Cabral. 5 ed. São Paulo: Cutrix, 2006.
VOGLER, Christopher. A jornada do escritor: estruturas míticas para escritores. Trad. Ana Maria Machado. 2 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.