Os hagiotopônimos de Xapuri

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/Lex5-v3n1a2017-3

Palavras-chave:

Toponímia, Hagiotopônimo, Xapuri, Taxionomia, Etimologia e estrutura morfológica

Resumo

O presente artigo constitui um recorte de uma pesquisa maior, que apresenta a nomenclatura toponímica de quatro municípios do estado do Acre: Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia e Xapuri. Neste texto, objetivamos apresentar uma análise dos hagiotopônimos do município de Xapuri. Para tanto, analisamos e descrevemos os aspectos léxico-semânticos dos topônimos, apresentando a inter-relação entre os elementos linguísticos, sociais e culturais. Utilizamos, como base teórico-metodológica os estudos de Dick (1987, 1990, 1999) para analisar o corpus da pesquisa, cujos dados foram extraídos de mapas digitais do município de Xapuri, de escala 1:100,000 e 1:250,000 fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE/AC; bem como de planilhas de projetos de assentamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - Incra e da Secretaria de Meio Ambiente do Acre – Sema. Os resultados demonstram a proeminência dos hagiotopônimos dentre as demais taxionomias toponímicas, com 21,72%; em relação à etimologia, o latim prevaleceu com o percentual de 56,12% dentre os demais étimos, o que confirma a proeminência dos nomes de santas e de santos da igreja católica; quanto às estruturas morfológicas, a composição de sintagma toponímico mais proeminente foi a estrutura simples, com o percentual de 34,39%. Porém, a segunda mais recorrente foi a com os sintagmas compostos, cuja formação é adjetivo + substantivo, com 23,08%, o que confirma a proeminência dos hagiotopônimos, uma vez que a estrutura do hagiotopônimo segue o modelo sintagmático legado por Portugal, que é composto por “São”, por “Santa” e/ou por “Santo” seguido do substantivo/nome.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sandra Mara Souza de Oliveira Silva, Universidade Federal do Acre

Doutoranda.

Referências

CASTILHO, A. T. Nova gramática do português brasileiro. 1. ed. São Paulo: Contexto, 2010.

DICK, M. V. P. A. Toponímia e antroponímia no Brasil. São Paulo, 1987.

DICK, M. V. P. A. Motivação toponímica e a realidade brasileira. São Paulo: Arquivo do Estado, 1990.

DICK, M. V. P. A. Métodos e questões terminológicas na onomástica. Estudo de caso: O Atlas Toponímico do estado de São Paulo. In: Investigações linguísticas e teoria literária, vol. 9. Recife: Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da UFPE, 1999.

DUBOIS, J. et al. Dicionário de linguística. Tradução: Frederico Pessoa de Barros et al. São Paulo: Cultrix, 1973.

FERRAREZI JR., C. Semântica para a educação básica. São Paulo: Parábola, 2008.

LORENTE, M. A lexicologia como ponto de encontro entre a gramática e a semântica. In: ISQUERDO, A. N.; KRIEGER, M. G. (org.). As ciências do léxico: Lexicologia, lexicografia, terminologia. Campo Grande: UFMS, 2004. v. 2.

MELO, G. C. Origem, formação e aspectos da cultura brasileira. Rio de Janeiro: Padrão, 1974.

RANZI, C. M. D. Raízes do Acre. Rio Branco: Edufac, 2008.

SOUSA, A. M. Projeto Atlas Toponímico da Amazônia Ocidental Brasileira: gênese e trajetória. Revista Ícone, v. 2, n. 1, Universidade Estadual de Goiás, 2008. Disponível em: https://www.revista.ueg.br/index.php/icone/article/view/5126. Acesso em: 13 maio 2019.

SOUSA, A. M. Língua, cultura e sociedade: a toponímia acreana. São Carlos: Pedro e João Editora, 2019.

VILLALVA, A.; SILVESTRE, J. P. Introdução ao estudo do léxico: descrição e análise do Português. Rio de Janeiro: Vozes, 2014.

XAVIER, A. C. Como fazer e apresentar trabalhos científicos em eventos acadêmicos. São Paulo: Rêspel, 2011.

Downloads

Publicado

24-02-2020

Como Citar

SOUZA DE OLIVEIRA SILVA, S. M. Os hagiotopônimos de Xapuri. Revista GTLex, Uberlândia, v. 3, n. 1, p. 41–57, 2020. DOI: 10.14393/Lex5-v3n1a2017-3. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/GTLex/article/view/48877. Acesso em: 4 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos