A utilização da caderneta agroecológica por mulheres de comunidades rurais no projeto Pró-Semiárido, Bahia
DOI:
https://doi.org/10.14393/REP-2022-62077Palavras-chave:
Agroecologia, Feminismo, Assessoria técnica, MetodologiaResumo
Este trabalho objetiva relatar a experiência vivida por agricultoras e pela Assessoria Técnica Continuada, a partir da utilização das Cadernetas Agroecológicas no âmbito do projeto Pró-Semiárido, coordenado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional, do Estado da Bahia, em parceria com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola. O trabalho teve, entre outros objetivos, intervir no problema da desigualdade das relações sociais entre homens e mulheres, tentando promover a participação ativa das mulheres. Foi conduzido pela equipe de assessoria técnica da organização Serviço de Assistência Socioambiental no Campo e Cidade, junto a agricultoras de seis comunidades rurais do município de Casa Nova, Bahia, ao longo do período de um ano. O processo metodológico foi realizado em três etapas distintas e interdependentes: a) apresentação das Cadernetas Agroecológicas para as agricultoras, utilizando a metodologia denominada Rodas de Aprendizagem; b) aplicação de um questionário socioeconômico e de participação política a fim de conhecer o perfil dessas agricultoras; e c) construção do Mapa da Sociobiodiversidade. Como resultado, foi possível elaborar uma análise das relações econômicas, monetárias e não monetárias vivenciadas pelas agricultoras.
Downloads
Referências
ALTIERI, M. A. Agroecologia, agricultura camponesa e soberania alimentar. In: NERA, Presidente Prudente, v. 13, n. 16, p. 22-32, 2010. Doi: 10.47946/rnera.v0i16.1362. Disponível em: https://revista.fct.unesp.br/index.php/nera/article/view/1362. Acesso em: 20 out. 2021.
ARTICULAÇÃO NACIONAL DE AGROECOLOGIA. Rios da memória das mulheres da
agroecologia. In: ENCONTRO NACIONAL DE AGROECOLOGIA, 4., 2018, Belo Horizonte. Disponível em: https://agroecologia.org.br/category/c79-noticias/iv-ena/. Acesso em: 20 set. 2021.
CARDOSO, E. et al. Guia metodológico da caderneta agroecológica. Recife: FIDA, 2019, 38 p.
FAO. Women: users, preservers and managers of agrobiodiversity. Roma: Food and Agriculture Organization of the United Nations, 1999.
FARIA, N. Economia feminista e agenda de luta das mulheres no meio rural. In: BUTTO, A. (org). Estatísticas Rurais e Economia Feminista: um olhar sobre o trabalho das mulheres. Brasília: MDA, 2009. p. 11-28. Disponível em: http://www.mda.gov.br/sitemda/sites/sitemda/files/user_img_19/4%20-%20Livro_Estatisticas_Rurais_e_a_Economia_Feminista.pdf. Acesso em: 20 out. 2021.
FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. 23. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1999.
FREIRE, P.; FAUNDEZ, A. Por uma pedagogia da pergunta. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.
IBGE. Microdados da PNAD 2019. Rio de Janeiro: IBGE. Disponível em https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/educacao/9127-pesquisa-nacional-por-amostra-de-domicilios.html?=&t=o-que-e. Acesso em: 20 out. 2021.
JALIL, L.; SILVA, L. C.; OLIVEIRA, J. Caderneta Agroecológica: a contribuição das mulheres para a soberania e segurança alimentar e conservação da agrobiodiversidade. Cadernos de Ciências Sociais, Recife, v. 2, n. 15, jul./dez. 2019. Disponível em: http://www.journals.ufrpe.br/index.php/cadernosdecienciassociais/article/view/2858. Acesso em: 20 out. 2021.
KOROL, C. Hacia una pedagogía feminista. Buenos Aires: El Colectivo, América Libre. 2007.
MELO, H. P.; DI SABATTO, A. Gênero e trabalho rural: 1993 a 2006. In: BUTTO, A. (org.). Em estatísticas rurais e economia feminista: um olhar sobre o trabalho das mulheres. Brasília: MDA, 2009. p. 31-120.
NETO, A. A. L. et al. Caderneta Agroecológica empoderando mulheres, fortalecendo a agroecologia. Agriculturas, Araponga, v. 12, n. 4, dez. 2015, p. 42-47. Disponível em: https://ctazm.org.br/bibliotecas/caderneta-agroecologica-empoderando-mulheres-fortalecendo-a-agroecologia-290.pdf. Acesso em: 20 out. 2021.
OAKLEY, E. Quintais domésticos: uma responsabilidade cultural. Agriculturas, v. 1, n. 1, p. 37-39, 2004. Disponível em: http://aspta.org.br/files/2014/10/Artigo-12-Quintais-dom%C3%A9sticos-uma-responsabilidade-cultural.pdf. Acesso em: 28 out. 2021.
RAMOS, C. H. de S. et al. Núcleo de Estudos em Agroecologia e Convivência com o Semiárido: Capitalização de Experiência. Salvador: Hasta La Luna, 2019.
ROCHA, S. A pedagogia da roda. Boletín Espacio para la Infancia, p. 24-29, 2006.
SABOURIN, E.; CARON, P.; SILVA, P. C. G. da. O manejo do fundo de pasto no nordeste baiano: um exemplo de reforma agrária sustentável. Raízes, Campina Grande, ano 18, n. 20, p. 90-102, nov. 1999. Disponível em: http://raizes.revistas.ufcg.edu.br/index.php/raizes/article/view/170. Acesso em: 20 out. 2021.
SANTOS, A. C. de S.; BOMFIM, M. do C. A. do. Pedagogia feminista na construção de uma “alternativa de gênero”. Em Anais Fazendo Gênero 9. Diásporas, Diversidades, Deslocamentos. Florianópolis: UFSC, 2010. Disponível em: http://www.fazendogenero.ufsc.br/9/resources/anais/1278186641_ARQUIVO_Artigo FazendoGenero.pdf. Acesso em: 20 out. 2020.
SILIPRANDI, E. C. Mulheres e agroecologia: a construção de novos sujeitos políticos na agricultura familiar. Brasília: UnB, 2009.
SILIPRANDI, E. Mulheres, segurança alimentar e agroecologia: notas para discussão. 2009, 292 f. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Sustentável) – Universidade de Brasília, Brasília, 2009.
TELLES, L. et al. Cadernetas agroecológicas e a contribuição econômica das agricultoras agroecológicas no Brasil. In: ZULUAGA, G. S. et al. (coord.). Agroecología en femenino: reflexiones a partir de nuestras experiencias. La Paz: SOCLA; CLACSO, 2018. p. 141-157.
TELLES, L. Desvelando a economia invisível das agricultoras agroecológicas: a experiência das mulheres de Barra do Turvo, SP. 2018. 186 f. Dissertação (Mestrado em Extensão Rural) – Universidade Federal de Viçosa, 2018.
Downloads
Publicado
Versões
- 27-01-2023 (2)
- 29-04-2022 (1)
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Dulce Naiara Carvalho Ferreira, Cristiane Moraes Marinho, Alineaurea Florentino Silva, Michelle Christini Araújo Vieira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam em manter os direitos autorais e conceder à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
