Educação e luta pela terra
a experiência com jovens do campo da Escola Família Agrícola de Sobradinho-BA
DOI:
https://doi.org/10.14393/REP-2023-66260Palavras-chave:
Educação Popular, Educação do Campo, Pedagogia da Alternância, Juventude Rural, Defesa do TerritórioResumo
Este artigo tem como objetivo descrever parte do processo formativo da Escola Família Agrícola de Sobradinho-BA (EFAS). Trata-se de uma experiência realizada para aprofundar os estudos com a juventude rural e a suas respectivas comunidades sobre o tema “situação e a luta pela terra”. A partir das mediações pedagógicas, respaldadas na Pedagogia da Alternância, elas envolveram ao todo trinta e cinco estudantes do 3º ano da EFAS, suas famílias e comunidades. Esse trabalho embasou-se em estudo descritivo de natureza qualitativa no qual o caminho metodológico se deu por meio da aplicação das seguintes mediações pedagógicas: Plano de Estudo (PE); Colocação em Comum (CC) e Caderno da Realidade (CR). A coleta de dados ocorreu por meio da observação participante e a pesquisa documental. Partindo da discussão da temática, os estudantes contextualizaram a base teórico-conceitual com as experiências das comunidades, e assim observaram de forma crítica as contradições existentes no seu contexto, despertando-os para a importância do reconhecimento e garantia do território pertencentes às comunidades tradicionais. Assim, essa experiência permitiu observar as contribuições da Pedagogia da Alternância e suas mediações pedagógicas na formação dos jovens de comunidades rurais enquanto pesquisadores, mobilizadores e agentes ativos transformadores da sua realidade.
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