O processo de (re)escrita de textos no espaço político-simbólico escolar: rasura, subjetividade, (neo)liberalismo

Autores

  • Eduardo Alves Rodrigues Universidade do Vale do Sapucaí
  • Carmen Lucia Hernandes Agustini Universidade Federal de Uberlândia

DOI:

https://doi.org/10.14393/LL65-v32n3a2016-7

Palavras-chave:

(Re)escrita. Subjetividade. Rasura. Neoliberalismo. Conhecimento.

Resumo

Neste estudo, procuramos dar visibilidade ao fato de que a política financeira (neo)liberalista produz efeitos sobre o modo como a educação acontece no - seu funcionamento se inscreve em determinada conjuntura sócio-histórica relativa ao - espaço político-simbólico da escola formal, em especial, no âmbito do Ensino Médio e do Ensino da Produção de Textos em Língua Portuguesa. Por meio da análise discursiva de dois recortes, selecionados a partir de um corpus constituído de produções textuais que inscrevem a prática de (re)escrita, pudemos mostrar - ao mobilizarmos, sobretudo, as noções de discurso, estrutura e acontecimento - que o efeito de afrouxamento produzido pelo (neo)liberalismo sobre a relação sujeito-conhecimento se (re)produz, na escola e no ensino do processo de escrita, sobre a relação professor-aluno-conhecimento. Esse afrouxamento estabelece o espaço a partir do qual o investimento no sujeito do fazer e nas práticas de treinamento (capacitação, habilitação) se sobrepõe ao investimento no sujeito do saber e nas práticas de formação, o que, no âmbito da sala de aula, significa as práticas didático-pedagógicas voltadas à promoção da escrita como inócuas, pois seus efeitos, ao contrário do esperado e desejado, fortalecem certa dissonância em relação ao processo de transformação social que a apre(e)nsão de uma prática de escrita por parte do aluno poderia produzir.

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Biografia do Autor

Eduardo Alves Rodrigues, Universidade do Vale do Sapucaí

Doutor em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas.

Carmen Lucia Hernandes Agustini, Universidade Federal de Uberlândia

Doutora em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas.

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Publicado

2016-11-03

Como Citar

RODRIGUES, E. A.; AGUSTINI, C. L. H. O processo de (re)escrita de textos no espaço político-simbólico escolar: rasura, subjetividade, (neo)liberalismo. Letras & Letras, Uberlândia, v. 32, n. 3, p. 105–134, 2016. DOI: 10.14393/LL65-v32n3a2016-7. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/letraseletras/article/view/33629. Acesso em: 5 nov. 2024.

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