Sentidos de Incongruência de Gênero na CID-11
DOI:
https://doi.org/10.14393/DLv17a2023-27Palavras-chave:
CID, Transgeneridade, SemânticaResumo
Este trabalho analisa os sentidos da expressão nominal “Incongruência de Gênero”, uma categoria diagnóstica direcionada a pessoas Trans, Transsexuais, Transgêneros e Travestis e que aparece na 11ª edição da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID - 11). Para tal fim, foram selecionados dois recortes, nos quais a expressão se encontra nesse texto. Como referencial teórico-metodológico, as análises estarão ancoradas na Semântica Histórica da Enunciação (SHE), teoria proposta por Guimarães (2002), um ramo da semântica no qual se assume a opacidade da língua, sua relação histórica com o real e que trata a significação ao mesmo tempo como linguística, histórica e relativa ao sujeito que enuncia (GUIMARÃES, 2002). Ao usá-la como aporte teórico, iremos mobilizar conceitos como Temporalidade, Reescrituração, Articulação, Cena enunciativa e Domínio Semântico de Determinação (DSD). Os resultados encontrados aduzem para sentidos de Incongruência de Gênero que estão relacionados a memoráveis de patologia, cisnormatividade e estereótipos de gênero, ainda que o propósito do CID 11 fosse ser mais inclusivo e menos patologizante com a comunidade Trans do que a sua edição anterior.
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