Construções conclusivas com por isso

do português arcaico ao português atual

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.14393/DLv17a2023-26

Palabras clave:

Construção conclusiva, Pesquisa diacrônica, Por isso

Resumen

A língua portuguesa é formada por diversas construções, entendidas como pareamentos forma – significado (GOLDBERG, 2006). Dentre as diversas relações estabelecidas na língua, a relação conclusiva é normalmente entendida como a ligação entre dois segmentos através de um elemento conector. Neste estudo, consideramos as construções representadas pelo esquema [Segmento 1 POR ISSO Segmento 2]. Analisamos a trajetória da construção em uma amostra composta por dezoito textos pertencentes a diferentes períodos: português arcaico, clássico e moderno/contemporâneo. Dessa forma, analisamos registros desde o século XIII até o XXI. Os dados coletados foram analisados estatisticamente com base em três propriedades ligadas ao sentido e três propriedades ligadas à forma. A análise dos resultados mostrou que a construção tende a estabelecer relações mais objetivas, com pouco ou nenhum envolvimento do falante. Além disso, foram encontrados indicativos de possíveis mudanças em andamento, especialmente no que diz respeito à posição do conector na oração e ao tipo de segmento conectado pela oração conclusiva.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Métricas

Cargando métricas ...

Biografía del autor/a

Mayra França Floret, UERJ

Doutora em Linguística. Professora adjunta na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Citas

ADAM, J. M. A Linguística textual: introdução à análise textual dos discursos. São Paulo: Cortez, 2008.

AMORIM, F. S. Gramaticalização de conectores causais na história do português. Tese (Doutorado em estudos linguísticos), Instituto de Biociências, Letras e Ciências exatas, Universidade Estadual Paulista, São José do Rio Preto, 2017.

BARBOSA, J. S. Gramática philosophica da língua portuguesa. Lisboa: Academia Real de Ciências, 1881.

BARRETO, T. M. Gramaticalização das conjunções na história do português. Tese (Doutorado em Letras), Instituto de Letras, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 1999.

BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: Nova fronteira, 2009.

CASTRO, I. Formação da Língua Portuguesa. In: RAPOSO, E. et alii. Gramática do

Português. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2013. p. 7– 13.

CUNHA, C.; CINTRA, L. Nova gramática do português contemporâneo. 5.ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2008.

DIK, S. The Theory of Functional Grammar. Berlim: Mouton de Gruyter, 1997.

DUCROT, O. Argumentação retórica e argumentação linguística. Letras de hoje, Porto Alegre, v. 44, n. 1, p.20 – 25, 2009.

FLORET, M. F. A trajetória das construções conclusivas com portanto, por isso, logo e então. Tese (Doutorado em Linguística), Faculdade de Letras, UFRJ, Rio de Janeiro, 2022.

GOLDBERG, A. A construction grammar approach to argument structure. Chicago: University of Chicago Press, 1995.

GOLDBERG, A. Constructions at work: the nature of generalization in language. Oxford: Oxford University Express, 2006. DOI https://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780199268511.001.0001

GUIMARÃES, E. Texto e argumentação. São Paulo: Pontes, 2001.

HILPERT, M. Three open questions in Diachronic Construction Grammar. In: COUSSÉ, E.; ANDERSSON, P.; OLOFSSON, J. (ed.). Grammaticalization meets construction grammar. Amsterdam/Filadélfia: John Benjamins Publishing Company, 2018. p. 21-39. DOI https://doi.org/10.1075/cal.21.c2

KURY, A. G. Novas lições de análise sintática. São Paulo: Ática, 1993.

MARQUES, N. B. N; PEZATTI, E. G. A relação conclusiva na Língua portuguesa: funções resumo, conclusão e consequência. São Paulo: Editora UNESP, 2015. DOI https://doi.org/10.7476/9788579836992

MATOS, G. Estruturas de coordenação. In: MATEUS, M. H. M. et al. Gramática da Língua portuguesa. Lisboa: Caminho, 2003. p. 549 – 592.

MATTOS E SILVA, R. V. Para uma caracterização do período arcaico do Português. D.E.L.T.A, v. 10, Número especial, p. 247–276, 1994.

MATTOS E SILVA, R. V. Novas contribuições para história da língua portuguesa: ainda os limites do português arcaico. Diadorim, v. 2, p. 99 – 113, 2007. DOI https://doi.org/10.35520/diadorim.2007.v2n0a3853

NEVES, M. H. M. A modalidade. In: KOCK, I. G. V. (org.). Gramática do Português falado: volume 6. Campinas: Editora Unicamp, 1996. p.171-208.

OLIVEIRA, M. C. P. A sintaxe da coordenação e os conectores conclusivos. Tese (Doutorado em Linguística). Faculdade de Letras, Universidade do Porto, Porto, 2011.

OLIVEIRA, B. A. A trajetória da construção por causa de: uma análise centrada no uso. Dissertação (Mestrado em Linguística), Faculdade de Letras, UFRJ, Rio de Janeiro, 2016.

OLIVEIRA, B. A. A evolução da rede de construções causais do português. Tese (Doutorado em Linguística), Faculdade de Letras, UFRJ, Rio de Janeiro, 2020.

PAIVA, M. C. A. Aspectos semânticos e discursivos da relação de causalidade. In: MACEDO, A. T. Variação e discurso. 1ed. Rio de Janeiro: Tempo brasileiro, 1996. p. 63 – 74.

PAREDES SILVA, V. L. Forma e função nos gêneros do discurso. Alfa, v. 41, Número especial, p. 79–98, 1997.

PERES, J. A.; MASCARENHAS, S. Notes on sentential connections (predominantly) in Portuguese. Journal of Portuguese Linguistics, 5, p. 113-169, 2006. DOI https://doi.org/10.5334/jpl.156

PEZATTI, E. G. Portanto: conjunção conclusiva ou advérbio. Scripta, Belo Horizonte, v.4, n.7, p. 60-71, 2000.

QUIRK, R; GREENBAUM, S. LEECH, GEOFFREY; SVARTVIK, J. A comprehensive grammar of the English language. Londres: Pearson Longman, 1985.

ROCHA LIMA, C. H. Teoria da análise sintática. Rio de Janeiro: Tupy, 1956.

SANKOFF, D.; TAGLIAMONTE, S. S.; SMITH, E. Goldvarb X: A variable rule application for Macintosh and Windows. University of Toronto, 2005.

SMIRNOVA, E.; SOMMERER, L. The nature of the node and the network – Open questions in Diachronic Construction Grammar. In: SOMMERER, L.; SMIRNOVA, E. (ed.). Nodes and networks in Diachronic Construction Grammar. Amsterdam/Filadélfia: John Benjamins Publishing Company, 2020. p. 1–36. DOI https://doi.org/10.1075/cal.27

SWEETSER, E. From etymology to pragmatics: metaphorical and cultural aspects of

semantic structure. Cambridge: Cambridge University Press, 1990.

TRAUGOTT, E. C; TROUSDALE, G. Constructionalization and constructional changes. Oxford: Oxford University Press, 2013. DOI https://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780199679898.001.0001

VIEIRA, M. S. Aí, daí e então em Campo Grande e São Paulo: análise sociofuncionalista no domínio da causalidade. Tese (Doutorado em Letras). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016.

Publicado

2023-07-04

Cómo citar

FLORET, M. F. Construções conclusivas com por isso: do português arcaico ao português atual. Domínios de Lingu@gem, Uberlândia, v. 17, p. e1726, 2023. DOI: 10.14393/DLv17a2023-26. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/dominiosdelinguagem/article/view/69294. Acesso em: 5 nov. 2024.

Número

Sección

Artículos