Entre a modificação e a quantificação
adjetivos como determinantes plurais em português brasileiro (PB)
DOI:
https://doi.org/10.14393/DL45-v15n1a2021-1Palabras clave:
Determinantes, Plural, Adjetivos de grau, Adjetivos quantificadores, Semântica de grausResumen
O objetivo deste artigo é explicar o comportamento de adjetivos que estão funcionando ora como um modificador ora como um determinante no Português Brasileiro (PB). Ao desempenhar o papel de um determinante, selecionam pluralidades, exibindo informações de quantidade (‘Diferentes comidas foram preparadas para o jantar.’/ *‘Diferente comida foi preparada para o jantar.’). Nesse caso, a marcação plural é fundamental para a gramaticalidade da sentença. Contudo, o mesmo adjetivo (p.ex. ‘diferente’), ao se comportar como um modificador, pode aparecer na sua forma singular de maneira que não traga nenhum problema quanto a sua aceitação (‘A cozinheira iniciou o dia fazendo uma diferente comida para o jantar.’). A proposta que será defendida é a de que esses adjetivos são um subgrupo da classe dos adjetivos de grau relativo (AGRs) (KENNEDY; MCNALLY, 2005). Defenderemos que a classe dos AGRs possui sintaxe e semântica especiais, capazes de explicar o licenciamento de alguns deles como um determinante plural. Também explicaremos por que nem todo AGR pode funcionar como determinante: há um tipo especial de comparação requerido para que um adjetivo se torne um adjetivo quantificacional (Q-Adjetivo).
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