Para além das Vidas Secas, resistência
linguagem-poder
DOI:
https://doi.org/10.14393/DL31-v11n4a2017-15Palabras clave:
Linguagem, Poder, Vidas Secas, ResistênciaResumen
O artigo reflete sobre a linguagem na interação humana como espaço de observação e de relações de sentidos. Assim, foram caracterizados os usos da linguagem-poder, abordando a partir do clássico Vidas Secas aspectos histórico e cultural do nordestino na perspectiva da resistência pelo viés da luta social e os ecos dessa obra literária no contemporâneo, através da releitura por alunos sertanejos do ensino médio. Pelas noções da Análise de Discurso de linha francesa analisou-se duas materialidades desenvolvidas no Projeto Seca, Xote e Baião, fotografia e poesias. Concluiu-se que as estruturas do poder estão na base da linguagem e submetem o indivíduo usuário da língua a regimes que se alternam em prisão e liberdade e que a resistência a seca e suas implicações se dão para além da sobrevivência, como um gesto de subjetivação política, poder maior contra qualquer dominação, bem como que os sentidos produzidos pela paráfrase caracterizaram um acontecimento enunciativo, em que o sujeito-aluno enunciador mobilizou a memória como pré-construído alcançando a produtividade.Descargas
Métricas
Citas
ABEL, C. A. dos S. Graciliano Ramos: cidadão e artista. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1999.
ARISTÓTELES. Política. Trad. Pedro Constatin Tolens. São Paulo: Martins Claret, 2001.
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 2014.
______. (VOLOCHINOV). Marxismo e filosofia da Linguagem. Trad. e Org. Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. São Paulo: Annablume; Hucitec, 2002.
BARTHES, R. Da ciência à literatura; A guerra das linguagens; A divisão das linguagens. In: O rumor da língua. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
______. Aula. São Paulo: Cultrix, 1996.
BRASIL. Lei Federal N° 175 de 28 de Julho de 1936. Disponível em: <http://www.jusbrasil.com.br/topicos/651364/poligono-das-secas>. Acesso em: 20 out. 2016.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil Platôs – Capitalismo e esquizofrenia 2. São Paulo: Ed. 54, 2011.
INDURSKY, F. Da interpelação à falha no ritual: a trajetória teórica da noção de formação discursiva. In: BARONAS, R. L. (Org.). Análise de Discurso: Apontamentos para uma história da noção-conceito de formação discursiva. 2. ed. rev. e ampl. São Carlos: Pedro & João Editores, 2011.
JAKOBSON, R. Linguística e comunicação. 20ª ed. São Paulo: Pensamento-Cultrix, 2005.
LÉVI-STRAUSS, C. Mitológicas I. O cru e o cozido. Rio de Janeiro: Cosac e Naify, 2004.
KIFFER, A. P. V. Vidas Secas: ontem e hoje. Disponível em: http://www.letras.puc-rio.br/unidades&nucleos/janeladeideias/biblioteca/B_Literatura_Memoria.pdf. Acesso em: 20 de outubro de 2016.
MARX, K. Contribuição à crítica da economia política. 2. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2003.
ORLANDI, E. Análise de discurso: princípios e procedimentos. Campinas. Pontes, 2015.
______. Análise de discurso. In: ORLANDI, E.; LAGAZZI–RODRIGUES, S. (org.) Discurso e Textualidade. Campinas. Pontes, 2006.
PÊCHEUX, M. Semântica e discurso. Campinas: Editora da Unicamp, 1975[1988].
RAMOS, G. Vidas secas. Posfácio de Hermenegildo Bastos. 115. ed. Rio de Janeiro: Record, 2011.
RANCIÈRE, J. O dano: política e polícia. In: O desentendimento: política e filosofia. Trad. Ângela Leite Lopes. São Paulo: Ed. 34, 1996.
ROSENDO, T. M. (org.). Retalhos poéticos da seca. 2012. 46p. Biblioteca Esc. Est. E.F.M. Bernardino José Batista – Triunfo/PB.
ROUSSEAU, J-J. Ensaio sobre o entendimento das línguas. 2. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1978. (Coleção Os Pensadores).
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Domínios de Lingu@gem utiliza la licencia Creative Commons (CC) CC BY-NC-ND 4.0, preservando así la integridad de los artículos en un ambiente de acceso abierto. La revista permite al autor conservar los derechos de publicación sin restricciones.