Salvador, Vitória da Conquista e Teófilo Otoni
cidades e falares diferentes? Uma análise discriminante da F0
DOI:
https://doi.org/10.14393/DL22-v10n2a2016-8Palabras clave:
Salvador, Vitória da Conquista, Teófilo Otoni, Análise acústica, Frequência fundamentalResumen
Neste artigo, propomo-nos a avaliar a frequência fundamental (F0) das vogais /a/, /i/ e /u/ em sílabas tônicas e pretônicas em falares de Vitória da Conquista, BA, Salvador, BA e Teófilo Otoni, MG. A escolha dessas cidades se deve ao contato próximo dos sujeitos dessas três cidade em decorrência da estreita relação sócio-econômica entre elas, apesar de estarem geograficamente distantes. Nossa hipótese é de que o falar de Vitória da Conquista pode sofrer influência dos outros falares. Para a realização deste trabalho, procedemos a mensuração da F0 tanto em sílaba tônica, quanto na sílaba pretônica, em três pontos da vogal: início, meio e fim. Em seguida, para a análise do agrupamento desses falares, realizamos a análise multivariada discriminante. Os resultados mostram que os falares de Vitória da Conquista Teófilo Otoni formam um grupo que se opõe ao falar de Salvador.
Descargas
Métricas
Citas
ATKINSON, K. Language identification from non-segmental cues. Working Papers in Phonetics (UCLA), v. 10, p. 85-89, 1968.
AYRES, M.; AYRES JÚNIOR, M.; AYRES, D. L.; SANTOS, A. A. 2007. BIOESTAT – Aplicações estatísticas nas áreas das ciências bio-médicas. Ong Mamiraua. Belém: Ong Mamiraua; 2007.
BISOL, L. Harmonização vocálica: uma regra variável. Rio de Janeiro, UFRJ, 1981. Tese de Doutorado.
BOERSMA, P.; WEENINK, D. Praat: doing phonetics by computer. (Version 5.1.43) [Programa de computador]. 2006. Disponível em http://www.praat.org/.
BONTE, R. Can you identify a language by its prosody? Dissertação (Mestrado) s.f. 1975. University of California, 1975.
BORTONI, S. et al. Um estudo preliminar do [e] pretônico. Cadernos de estudos lingüísticos, v. 20, 75-90, 1991.
CARDOSO, S. A. L. M.; MOTA, J. A., O atlas linguístico do Brasil (uma descrição do português brasileiro do Oiapoque ao Chuí. In: FONSECA-SILVA; PACHECO, V. LESSA-DE-OLIVEIRA , A. S. C. (Orgs.) Em torno da língua(gem): questões de análises. Vitória da Conquista: Edições Uesb, p. 139-159, 2007.
CELIA, G. F. Variação das vogais médias pretônicas no português de Nova Venécia (ES). (Dissertação de Mestrado) Campinas, UNICAMP, 2004.
CLOPPER, C. G.; PISONI, D. B., Perception of dialect variation. In: PISONI, D. B.; REMEZ, R. E. (EDS.) The handbook of speech perception. Oxford: Blackwell Publishing, 2005. p. 313-337. http://dx.doi.org/10.1002/9780470757024.ch13
COLOMARCO, M. Aspectos prosódicos do corpus do projeto ALiB: o padrão interrogativo na fala baiana e carioca. In: ______. SANTOS, D. V. (org.) inicia – Revista da Graduação em Letras da UFRJ. Rio de Janeiro. Ed. Faculdade de Letras/URFJ, 2005, pp. 35-43
CRANDAL, J. B. The sounds of speech. Bell Sysy. Tech J., v. 4, p. 586-626, 1925.
CRUZ, R. et al. As vogais médias pretônicas no português falado nas ilhas de Belém (PA). In: ______. ARAGÃO, M. do S. (org.). Estudos em fonética e fonologia no Brasil. João Pessoa: GT Fonética e Fonologia / ANPOLL, 2008.
CUNHA, C. Entoação Regional no Português do Brasil. 2000. s.f Tese ( Doutorado) Faculdade de Letras, UFRJ, Rio de Janeiro.
GUIMARÃES, E. D. A variação entoacional da ilha de Mosqueiro: contribuições para a formação do Atlas Prosódico Multimídia do Português do Norte do Brasil (AMPER – NORTE). Dissertação (Mestrado). 2013. 143f. Instituto de Letras e Comunicação, Universidade Federal do Pará.
IBGE. População brasileira: Dados das pesquisas do Censo/2014. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/censo2010/dados_divulgados/index.php.
JACEWICZ, E.; FOX, R. A. I Intrinsic fundamental frequency of vowels is moderated by regional dialect. The Journal of the Acoustical Society of America, v. 138, n. 4, p. 405-410, 2015.
KAILER, D. A. Alçamento da vogal pretônica /o/ em duas regiões paranaenses. SIGNUM: Estud. Ling., Londrina, n. 15/1, p. 201-221, jun. 2012. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/signum/article/view/11668/11175.
KENT, R. D.; READ, C. The acoustic analysis of speech. 2. ed. Cambridge: Singular, 1992.
LEE, S. H.; OLIVEIRA, M. A. de. Variação Inter- e Intra-Dialetal no Português Brasileiro: Um Problema para a Teoria Fonológica. In:_____. OLIVEIRA, D. da H.; COLLISCHONN, G. (Org.). Teoria Linguística: fonologia e outros temas. João Pessoa, 2003. p. 67-91.
LEHISTE, I.; PETERSON, G. Some basic considerations in the analysis of intonation. The Journal of the Acoustical Society of America, v. 33, p. 419-425, 1961. http://dx.doi.org/10.1121/1.1908681
LIRA, Z. A entoação modal em cinco falares do nordeste brasileiro. 2009. s.f. Tese (Doutorado) – Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa.
MAIDMENT, J. Voice fundamental frequency characteristics as language differentiators. Speech and Hearing Working in Progress, v. 16, 1976. p. 74-93.
NASCENTES, A. O linguajar carioca. Rio de Janeiro: Simões, 1953.
NINA, T. Aspectos da variação fonético-fonológica na fala de Belém. 1991. 216f. Tese (Doutorado em Língua Portuguesa) – Faculdade de Letras, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1991.
OHALA, J. J.; GILBERT, J. B. Listener’s ability to identify languages from their prosody. Report of the Phonology Laboratory, v. 2, 1978. p. 126-132.
OHALA, J.J.; EUKEL, B. W. Explaining the intrinsic pitch of vowels. In: Channon, R.; Shockey, L. (eds.) In honor of Ilse Lehiste. Dordrecht: Foris, 1987. p. 207-215. http://dx.doi.org/10.1515/9783110886078.207
OLIVEIRA, J. S. N. Análise acústico-perceptual das frases exclamativas e interrogativas realizadas por falantes de Vitória da Conquista/Ba. 2014. 79 p. Dissertação (Mestrado em Linguística). Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista, 2014.
OLIVEIRA, J. S. N.; RIBEIRO, P. J.; PACHECO, V. Realização das vogais médias abertas no dialeto de Vitória da Conquista/BA. In:_____. FONSECA-SILVA, M.C.; PACHECO, V. SILVA, E.G. (Org.). Pesquisas em Estudos da Linguagem III, Vitória da Conquista, v. 3, n.1, 2007. p. 67-74.
PACHECO, V.; OLIVEIRA, M.; RIBEIRO, P. de J. Em busca da melodia nordestina: as vogais médias pretônicas de um dialeto baiano. Linguística / Vol. 29 (1), junho 2013: 165-187. Disponível em: http://www.scielo.edu.uy/pdf/ling/v29n1/v29n1a08.pdf. Acesso em outubro de 2014.
PERES, D. O. O papel da prosódia na identificação das variedades regionais do português brasileiro. Dissertação (Mestrado). 151 f. 2011. Faculdade de Ciências Humanas. Universidade de São Paulo. 2011.
PETERSON, G. E. BARNEY, H.L. Control methods used in a study of the vowels. The Journal of the Acoustical Society of America, v. 24, 1952. p. 175-184.
SEARA, I. C. REBOLLO-COUTO, L. Entoação de frases declarativas e interrogativas no falar fluminense e catarinense. Congresso Internacional de la ALFAL, 16, 2011, Alcalá de Henares (Espanha). Actas.... Alcalá de Henares (Espanha): Universidade de Alcalá, 2011. p.4203-4208.
SILVA, J. C. B.; CUNHA, C.S. Caracterização prosódica dos falares brasileiros: a questão total em Recife, Rio de Janeiro e Florianóplis. Antares, v 3, n. 6, 2011. p. 282-294.
SOSA, J. M.; NUNES, G. V. SEARA, I. C. Variação prosódica das sentenças interrogativas totais no falar catarinense: um estudo experimental. Leitura, n. 52, 2013. p. 139-163.
van BEZOOIJEN, R.; GOOSKENS, C. Identification of language varieties: the contribuitin of differente linguistic levels. Journal of Language and Social Psychology, v. 18, , 1999. p. 31-48.
VIEGAS, M. C. Alçamento de vogais médias pretônicas: uma abordagem sociolinguística. Dissertação (Mestrado) 1987. s.f. Belo Horizonte, UFMG, 1987.
VOGELY, A. N.; HORA, D. Harmonia Vocálica no dialeto recifense. Organon, v. 28, n.54, 2013. p. 63-81.
WHALEN, D. H.; LEVITT, A. G. The universality of intrinsic F0 of vowels. Journal of Phonetics, v. 23, 1995. p. 349-366. http://dx.doi.org/10.1016/S0095-4470(95)80165-0
ZENDRON DA CUNHA, K. Sentenças exclamativas do português brasileiro: padrão entoacional e sintaxe. Dissertação (Mestrado em Letras). Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 2012
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Domínios de Lingu@gem utiliza la licencia Creative Commons (CC) CC BY-NC-ND 4.0, preservando así la integridad de los artículos en un ambiente de acceso abierto. La revista permite al autor conservar los derechos de publicación sin restricciones.