A reflection on the theoretical roots of linguistic prejudice: the emphasis on inflectional morphology and the linguistic exceptionalism

the emphasis on Inflectional Morphology and the Linguistic Exceptionalism

Authors

DOI:

https://doi.org/10.14393/DLv17a2023-19

Keywords:

Linguistic prejudice, Inflectional morphology, Linguistic exceptionalism, Brazilian Portuguese, Linguistic Racism

Abstract

This paper aims to discuss some theoretical roots of linguistic prejudice. We argue that many discriminatory discourses on Popular Brazilian Portuguese are motivated by a linguistic perspective formulated in 19th-century. By that time, inflectional morphology was considered the model of the linguistic development, so that languages that had other typology – for instance, creole languages and African languages – were considered exceptional.  We show that the first approaches to the emergence of Popular Brazilian Portuguese were influenced by linguistic exceptionalism. They had a negative perspective on the contact of Portuguese with the African and Indigenous languages. We address the topic based on Linguistic Historiography, in order to show the political dimension of the knowledge on the languages. We are based on the Fleck’s (2010) framework, according to which the scientific knowledge establishes a complex relationship among the past, the present and the future.

Downloads

Download data is not yet available.

Metrics

Metrics Loading ...

Author Biography

Wellington Santos da Silva, UFRJ

Doutor em Linguística pela USP. Pesquisador independente.

References

ALONSO, M. C. Multidimensionalidad, Complejidad y Dinamismo en la Historiografía Lingüística y en su definición del concepto de Tradición. Todas as Letras: revista de língua e literatura, v. 14, n. 1, p. 71-86, 2012.

BANDEIRA, M. Reconstrução fonológica e lexical do protocrioulo do Golfo da Guiné. 2017. 437 f. Tese (Doutorado em Filologia e Língua Portuguesa) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017.

CAVALCANTI, J. R. As faces de uma polêmica: o episódio do livro didático Por uma vida melhor. D.E.L.T.A., 29: Especial, p. 485-501, 2013. DOI https://doi.org/10.1590/S0102-44502013000300007

COELHO, F. A. A lingua portugueza: phonologia, etymologia, morphologia e syntaxe. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1868.

COELHO, O. F. Serafim da Silva Neto (1917-1960) e a Filologia Brasileira: Um Ensaio Historiográfico sobre o papel da Liderança na Articulação de um Paradigma em Ciência da Linguagem. 1998. 184f. Dissertação (Mestrado em Semiótica e Linguística Geral). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998.

COELHO, O. F.; FINBOW. T. D. Apontamentos para uma história linguística transatlântica e descolonizada do português do Brasil: o contato e a diversidade em foco. In: VIEIRA, F. E.; BAGNO, M. (org.). História das línguas, Histórias da Linguística. Homenagem a Carlos Alberto Faraco. São Paulo: Parábola, 2020. p. 61-84.

COELHO, O. F.; SANTOS, E. F. Macedo Soares, Amélia Mingas e a Historiografia Linguística Transatlântica. Cadernos de Estudos Linguísticos (UNICAMP), v. 64, p. 1-16, 2022. DOI https://doi.org/10.20396/cel.v64i00.8668269

CORCORAN, C. Creoles and the creation myth: A report on some problems with the linguistic use of ‘Creole’. Chicago Linguistic Society, 36, 2, 193-206, 2001.

DEGRAFF, M. Morphology in Creole genesis: Linguistics and Ideology. In: KENSTOWICZ, M. (ed.). Ken Hale: A Life in Language. Cambridge MA: MIT Press, 2001. p. 53-121.

DEGRAFF, M. Against Creole Exceptionalism. Language, 79, p. 391-410, 2003. DOI https://doi.org/10.1353/lan.2003.0114

DICIONÁRIO ONLINE CALDAS AULETE. Disponível em: https://www.aulete.com.br. Acesso em: 21 mar. 2023.

ELIA, S. E. O problema da Língua Brasileira. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, Ministério da Educação e Cultura, 1961.

FERNANDES, G. Primeiras descrições das línguas africanas em Língua Portuguesa. Confluência. Revista do Instituto de Língua Portuguesa, nº 49, p. 43-67, 2015. DOI https://doi.org/10.18364/rc.v1i49.88

FLECK, L. Gênese e desenvolvimento de um fato científico. Belo Horizonte: Fabrefactum, 2010.

GUISAN, P. O paradigma da língua na formação do nacionalismo brasileiro. In: SAVEDRA, M. et al. (org.). Identidade social e contato linguístico no português brasileiro. Rio de Janeiro: FAPERJ; EDUERJ, 2015. p. 225-250.

HOLM, J. Pidgins and Creoles. Cambridge: Cambridge University Press, 1988.

KOERNER, K. The Natural Science Impact on Linguistic Theory. In: KOERNER, K. Professing Linguistic Historiography. Amsterdam & Philadelphia: John Benjamins, 1995. DOI https://doi.org/10.1075/sihols.79

LUCCHESI, D. Racismo linguístico ou ensino democrático e pluralista? Grial (Vigo) – Galícia, p. 86-95, 2011.

LUCCHESI, D. A diferenciação da língua portuguesa no Brasil e o contato entre línguas. Estudos de Linguística Galega, v. 4, p. 45-65, 2012.

LUCCHESI, D. Introdução: língua e sociedade partidas. In: LUCCHESI, D. Língua e Sociedade partidas: a polarização sociolinguística do Brasil. São Paulo: Contexto, 2015. p. 1-35.

MATTOS E SILVA, R. V. Ensaios para uma sócio-história do português brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2004.

MELO, G. C. A Língua do Brasil. 3.ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1975[1946].

MENDONÇA, R. O Português do Brasil: origem, evolução e tendências. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1936.

MENDONÇA, R. A influência africana no Português do Brasil. Brasília: FUNAG, 2012[1935].

PAIXÃO DE SOUSA, M. C. Morfologia de Flexão no Português do Brasil: Ensaio sobre um discurso de perda. Estudos da Língua(gem), v. 8., p. 55-82, 2010. DOI https://doi.org/10.22481/el.v8i1.1116

PETTER, M. M. T.; ARAÚJO, P. J. P. Linguística africana: passado e presente. In: PETTER, M. M. T. (org.). Introdução à Linguística Africana. São Paulo: Contexto, 2015. p. 221-250.

PICKERING, W. A. A influência de Darwin na teoria linguística como um prelúdio às abordagens “evolucionárias” no século XXI. Teoria, Análise e Aplicações, v. 6, p. 105-124, 2011.

RAMOS, H. C. Por uma vida melhor [Coleção Viver, aprender]. São Paulo: Ação Educativa/Global, 2009.

ROSA, M. C. O quimbundo em cinco testemunhos gramaticais. Confluência, n. 56, v.1, p. 55-113, 2019. DOI https://doi.org/10.18364/rc.v1i56.315

SCHERRE, M. Doa-se lindos filhotes de poodle – Variação linguística, mídia e preconceito. São Paulo: Parábola, 2005.

SCHWARCZ, L. Teorias raciais. In: SCHWARCZ, L.; GOMES, F. (org.). Dicionário Escravidão e Liberdade: 50 textos críticos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. p. 403-409.

SILVA, W. S. Linguística Histórica no Brasil (1950-1990): estudo historiográfico das continuidades e descontinuidades no tratamento da variação e da mudança linguística no português brasileiro. 2016. 244f. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016.

SILVA, W. S.; NEGRÃO, E. V. Sobre a gênese dos crioulos e a história do português brasileiro: revisitando Serafim da Silva Neto. In: COELHO, O. F. (org.). Historiografia Linguística no Brasil (1993-2018) – Memórias, Estudos. Campinas: Pontes Editores, 2018. p. 81-101.

SILVA NETO, S. A Língua Portuguesa no Brasil: problemas. Lisboa: Acadêmica, 1960.

SILVA NETO, S. Introdução ao estudo da língua portuguesa no Brasil. 2.ed. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, Ministério da Educação e da Cultura, 1963[1950].

THOMASON, S.; KAUFMAN, G. Language contact, creolization, and genetic linguistics. Berkeley: University of California Press, 1988. DOI https://doi.org/10.1525/9780520912793

VALENTE, S. “Hagamos mundo nuevo aquí": O negro e o vilão em dois textos de Gil Vicente. Portuguese Cultural Studies, v. 7, Issue 2 Literatura Colonial e Pós-Colonial Portuguesa, p. 4-17, 2021.

Published

2023-03-31

How to Cite

SILVA, W. S. da. A reflection on the theoretical roots of linguistic prejudice: the emphasis on inflectional morphology and the linguistic exceptionalism: the emphasis on Inflectional Morphology and the Linguistic Exceptionalism . Domínios de Lingu@gem, Uberlândia, v. 17, p. e1719, 2023. DOI: 10.14393/DLv17a2023-19. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/dominiosdelinguagem/article/view/67874. Acesso em: 22 jul. 2024.