A conquista do oeste brasileiro

estudos exploratórios sobre toponímia histórica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/DLv17a2023-47

Palavras-chave:

Dialetologia Pluridimensional, Cartografia, Toponímia, Hidronímia, Maranhão

Resumo

É objetivo demonstrar neste texto, recorte de tese, como os estudos geolinguísticos, em especial a vertente da Geolinguística Pluridimensional e Contatual (Altenhofen; Thun, 2016), complementam os dados da pesquisa de campo com dados de pesquisas bibliográficas especializadas na área. A cartografia de diferentes naturezas, como a cartografia temática, demográfica, linguística e outras, tanto antiga como contemporânea, oferecem dados de extrema importância a serem pesquisados. Com o acesso disponível a diferentes bancos de dados, com destaque para o material raro digitalizado, como exemplo a cartografia antiga de difícil acesso e leitura, é possível realizar estudos contextualizados e interdisciplinares que aqui se centralizam no léxico. O estudo revelou possíveis relações entre o topônimo Maranhão e o hidrônimo Marañon, como estratégia de ampliação territorial na formação do espaço cartográfico brasileiro e, consequentemente, o domínio da língua portuguesa.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Marcia Meurer, UEMA

Doutora em Letras, Estudos da Linguagem (UFRGS), professora do Curso de Letras (UEMA).

Referências

ALTENHOFEN, C. V.; THUN, H. A migração e os contatos linguísticos na geografia linguística do sul do Brasil e Bacia do Prata. In: AGUILERA, V. de A.; ROMANO, V. P. A geolinguística no Brasil: caminhos percorridos, horizontes alcançados. Londrina: Eduel, 2016. p. 371-392.

BAUMAN, Z. Globalization: the human consequences. Tradução Marcos Penchel. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1999.

CARDOSO, A. Beschrijving van Maranhão: a Amazônia nos relatórios holandeses na época da Guerra de Flandres (1621-1644). Topoi (Rio J.), Rio de Janeiro, v. 18, n. 35, p. 406-428, maio/ago. 2017. DOI https://doi.org/10.1590/2237-101x01803508

CASTRO, M. C. D.; CARDEIRA, E. Um Nome em Movimento: percurso linguístico-histórico do topônimo Maranhão. Papéis Revista do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens, UFMS. Campo Grande, MS. Vol. 24, nº Especial, 2020.

CYSOUW, M. Disentangling geography from genealogy. In: AUER, P.; HILPERT, M.; STUKENBROCK, A.; SZMRECSANYI, B. Space in Language and Linguistics: Geographical, Interactional, and Cognitive Perspectives, Berlin, Boston: De Gruyter, 2013. DOI https://doi.org/10.1515/9783110312027.21

CORRÊA, R. L. Denis Cosgrove: a paisagem e as imagens. Revista Espaço e Cultura, N. 29. Rio de Janeiro: UERJ, p. 7-21, Jan./Jun. 2011. DOI https://doi.org/10.12957/espacoecultura.2011.3528

DICK, M. V. de P. do A. Toponímia e Antroponímia no Brasil. Coletânea de estudos. 2ª ed., S. Paulo, Serviços de Arte Gráfica da FFLCH/USP, 1990.

EUGÊNIO, A. A cartografia da conquista: a função dos mapas como instrumento de legitimação das conquistas geopolíticas no espaço ibérico durante o alvorecer da Idade Moderna. Niterói, Universidade Federal Fluminense. GEOgraphia, vol: 23, n. 51, 2021. DOI https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2021.v23i51.a29525

FISHMAN, J. A. Who speaks what language to whom and when? In: La Linguistique, n. 2, p. 67–88, 1965.

HOBSBAWM, E. J. Nações e nacionalismo desde 1780: programa, mito e realidade. Tradução Maria Celia Paoli e Ana Maria Quirino. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.

JOHNSTONE, B. Language and geographical space. In: AUER, P.; SCHMIDT, J. E. (eds.). Language and space: theories and methods. Berlin/New York: de Gruyter, 2010. p. 1-18. (HSK 30.1)

KANTOR, Í. Usos diplomáticos da ilha-Brasil: polêmicas cartográficas e historiográficas. Varia Historia, Belo Horizonte, vol. 23, nº 37: p.70-80, Jan/Jun 2007. DOI https://doi.org/10.1590/S0104-87752007000100005

LEFEBVRE, H. The Production of Space. Trad. D. Nicholson-Smith. Oxford: Basil Blackwell, 1991.

MæHLUM, B. Language and social spaces. In: AUER, P.; SCHMIDT, J. E. (ed.). Language and space: theories and methods. Berlin/New York: de Gruyter, 2010. p. 18-32. (HSK 30.1)

MELLO, H.; ALTENHOFEN, C. V.; RASO, T. (org.). Os contatos linguísticos no Brasil. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.

MURADÁS, J. A geopolítica e a formação territorial do Sul do Brasil. (Tese de Doutorado), Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geografia. Porto Alegre: IGEO/UFRGS, 2008.

ORMELING, F. Visualizing geographical space: The nature of maps. In: LAMELI, A.; KEHREIN, R.; RABANUS, S. (ed.). Language and space: language mapping: an international handbook of linguistic variation. Berlin: de Gruyter Mouton, 2010. p. 21-40. (HSK 30.2). DOI https://doi.org/10.1515/9783110219166.1.21

RABANUS, C. The notion of space. In: LAMELI, A.; KEHREIN, R.; RABANUS, S. (ed.). Language and space: language mapping: an international handbook of linguistic variation. Berlin: de Gruyter Mouton, 2010. p. 1-21. DOI https://doi.org/10.1515/9783110219166.1.1

RADTKE, E.; THUN, H. (ed.). Neue Wege der romanischen Geolinguistik: Akten des Symposiums zur empirischen Dialektologie. Kiel: Westensee-Verl., 1996. p. 210-171, 701-729.

RODRIGUES, J. H. Teoria da história do Brasil: introdução metodológica. 2 ed. Vol. 1. e 2. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1957.

ROMERO, S. Contos populares do Brasil. 1885.

THUN, H. La geolingüística como lingüística variacional general (com ejemplos del Atlas lingüístico Diatópico y Diastrático del Uruguay). In: International Congress of Romance Linguistics and Philology (21.: 1995: Palermo). Atti del XXI Congresso Internazionale di Linguistica e Filologia Romanza. Org. Giovanni Ruffino. Tübingen: Niemeyer, 1998. v. 5. DOI https://doi.org/10.1515/9783110934038.701

THUN, H. Pluridimensional cartography. In: LAMELI, A.; KEHREIN, R.; RABANUS, S. (ed.). Language and space: language mapping: an international handbook of linguistic variation. Berlin: de Gruyter Mouton, 2010a. p. 506-523. (HSK 30.2) DOI https://doi.org/10.1515/9783110219166.1.506

VARNHAGEN, F. A. de (Visconde de Porto Seguro). História Geral do Brazil antes da sua separação e independência de Portugal. Tomo 1 (1838).

VIEIRA, P. A. Sermão da Quinta Dominga da Quaresma. §II. Sermões Escolhidos, São Paulo: Edameris, v. 1, 1965. [domínio público] Disponível em: www.bibvirt.usp.br

WEGNER, R. A conquista do oeste: a fronteira na obra de Sérgio Buarque de Holanda. Humanitas. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2000.

WEGNER, R. Os Estados Unidos e a fronteira na obra de Sérgio Buarque de Holanda. In: SOUZA, J. (org.) O malandro e o protestante: a tese weberiana e a singularidade cultural brasileira. Brasília: Editora UNB, 1999.

Downloads

Publicado

12.10.2023

Como Citar

MEURER, M. A conquista do oeste brasileiro: estudos exploratórios sobre toponímia histórica. Domínios de Lingu@gem, Uberlândia, v. 17, p. e1747, 2023. DOI: 10.14393/DLv17a2023-47. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/dominiosdelinguagem/article/view/70294. Acesso em: 22 jul. 2024.

Edição

Seção

Humanidades digitais e estudos históricos do léxico