Nomes de cidades

identificação e memória

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/DLv17a2023-1

Palavras-chave:

Nome próprio, Semântica da Enunciação, Formação Nominal, Identificação, Memória

Resumo

Este estudo pretende demonstrar como a significação de nomes próprios de cidades é afetada por demandas sociais de pertencimento e identificação da população/ administração com as denominações locais. Partimos do ponto de vista de uma perspectiva relacional da linguagem, na Semântica da Enunciação (DIAS 2016, 2018a, 2018b), que assume que há razões enunciativas para as formas da língua se configurarem de tal modo. Como procedimento de análise, organizamos enunciados dispostos em redes enunciativas, tomadas como rede de sentidos, que podem demonstrar a heterogeneidade das relações históricas e sociais que afetam a enunciação desses nomes. Como resultado, mostramos que a significação dos nomes nas formações nominais é ativada por perspectivas de sentidos que se dispersam entre os domínios dos referenciais históricos e das pertinências enunciativas.

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Biografia do Autor

Elisandra Benedita Szubris, UNEMAT

Doutora em Linguística (2022) – PPGL- Universidade do Estado de Mato Grosso.

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Publicado

02.01.2023

Como Citar

SZUBRIS, E. B. Nomes de cidades: identificação e memória. Domínios de Lingu@gem, Uberlândia, v. 17, p. e1701, 2023. DOI: 10.14393/DLv17a2023-1. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/dominiosdelinguagem/article/view/65084. Acesso em: 21 dez. 2024.