Toponímia indígena no Acre
a fauna, a flora e as águas em nomes de espaços geográficos
DOI:
https://doi.org/10.14393/DL46-v15n2a2021-2Palavras-chave:
Toponímia indígena, Acre, Motivação toponímica, Atlas Toponímico da Amazônia Ocidental BrasileiraResumo
A Toponímia, disciplina que estuda o nome dos lugares, é um dos ramos da Onomástica, ciência responsável pelo estudo do nome próprio. O presente trabalho tem como objetivo traçar um perfil dos topônimos indígenas da zona rural do Estado do Acre, destacando as motivações ligadas à fauna, à flora e às águas na nomeação dos espaços acreanos. Os dados – coletados nos mapas fornecidos pelo IBGE: os municipais com escala de 1: 250 000 e o mapa físico do estado do Acre com escala 1:1000 000 – foram analisados com base na proposta teórico-metodológica de Dick (1990, 1992), especialmente quanto ao modelo taxionômico, composto por 27 taxes, subdivididas em categorias de natureza física e natureza antropocultural, e quanto à catalogação e armazenamentos dos dados nas fichas lexicográfico-toponímicas (DICK, 2004). A análise revelou que, dos 392 topônimos indígenas coletados, 74% são nomes ligados a características físico-geográficas, 20% concernentes a fatores antropoculturais e 6% com classificação não identificada. A pesquisa demonstrou que a motivação toponímica se baseia, principalmente, nos aspectos da flora, da fauna e da hidrografia revelados nos extratos linguísticos de origem Tupi – predominante no corpus analisado.
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