Cláusulas relativas na fala espontânea
estrutura informacional e processos de subordinação
DOI:
https://doi.org/10.14393/DL39-v13n3a2019-6Palavras-chave:
Cláusulas Relativas, Fala espontânea, Teoria da Língua em Ato, Funcionalismo, Linguística de CorpusResumo
Este artigo discute a relação entre estrutura informacional e processos de subordinação das cláusulas relativas da fala espontânea do português brasi-leiro (PB). A base teórica vem da Language into Act Theory (CRESTI, 2000) e da linguística funcionalista (HOPPER; TRAUGOTT, 1993; CRISTOFARO, 2003; RODRIGUES, 2015, 2014). Nesse comtex-to, foi utilizada uma amostra balanceada do C-ORAL BRASIL (RASO; MELLO, 2012), etiquetada informacionalmente. Os resultados demonstram que a forma sintática [...N [QUE + verbo finito...]SAdj]SN, que corresponde às cláusulas relativas, ocorrem em dois contextos informa-cionais distintos: o linearizado e o pa-dronizado. Contudo, no primeiro, a cláusula ocorre subordinada e insubor-dinada dentro da unidade informacional; no último, justaposta sintaticamente em mais de uma unidade informacional.
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