A semântica cognitiva como ferramenta de otimização das definições tipo whole-sentence
DOI:
https://doi.org/10.14393/DL36-v12n4a2018-18Palavras-chave:
Lexicografia Pedagógica, Definição Lexicográfica, Semântica CognitivaResumo
O presente artigo discute possíveis contribuições da semântica cognitiva para a otimização de definições lexicográficas do tipo whole-sentence. Nos últimos anos, as whole-sentence definitions têm ganhado reconhecimento nas obras lexicográficas pedagógicas em razão de sua maneira diferenciada de explicar o significado das palavras para o consulente. Apesar de apresentar uma notória aproximação com os postulados da semântica cognitiva, muito pouco se tem teorizado sobre esse tipo de definição, de modo que a sua elaboração ainda é feita de maneira bastante intuitiva pelos lexicógrafos. Desta forma, com o intuito de fornecer subsídios de base teórica para o aprimoramento das definições whole-sentence, o presente artigo discute pontos de contato entre as whole-sentence definitions e a semântica cognitiva, estreitando, assim, as relações entre a teoria semântica e a prática lexicográfica. Além disso, o artigo também apresenta uma proposta prática de aplicação da semântica cognitiva na elaboração das definições whole-sentence, tomando como base os princípios da semântica de frames e a base de dados da FrameNet.
Downloads
Métricas
Referências
ATKINS, SB. T. S.; RUNDELL, M. The Oxford guide to practical Lexicography. Oxford: Oxford University Press, 2008. 552 p.
BOAS, H. C.; DUX, R. Semantic frames for foreign language education: towards a German frame-based online dictionary. Veredas, v.17, n.1, p.82-100, 2013.
BRANGEL, L. M. O tratamento lexicográfico de vocábulos de cores na perspectiva da Semântica Cognitiva. 2011. 208f. Dissertação (mestrado em Letras) – Instituto de Letras, UFRGS, Porto Alegre, 2011.
BRANGEL, L. M. A lexicografia pedagógica no Reino Unido e no Brasil: subsídios da produção britânica para o aprimoramento das obras nacionais. Caminhos em Linguística Aplicada, v. 15, p. 125-142, 2016a.
BRANGEL, L. M. 2016. Proposta teórico-metodológica para a geração de paráfrases explanatórias em dicionários voltados para crianças: uma abordagem cognitiva. 209 f. Tese (doutorado em Letras) – Instituto de Letras, UFRGS, Porto Alegre, 2016b.
BRANGEL, L. M. Proposta de um dicionário intermediário de língua portuguesa para uso em sala de aula: características, público-alvo e função. (Con)textos linguísticos, v. 11, p. 85-105, 2017.
BRANGEL, L. M.; BUGUEÑO MIRANDA, F. V. Avaliação de paráfrases explanatórias de dicionários voltados para alunos em etapas iniciais de alfabetização. In: Anais do I simpósio Internacional de Lexicografia e Linguística Contrastiva. Florianópolis, p. 22-37, 2012.
BUGUEÑO MIRANDA, F. V. Para uma taxonomia de paráfrases explanatórias. Alfa, São Paulo, v.53, p. 243-260, 2009.
BUGUEÑO MIRANDA, F. V.; ZANATTA, F. Procedimentos medioestruturais em dicionários semasiológicos de língua portuguesa. Lusorama, v. 83-84, p. 80-97, 2010.
CARVALHO, O. L. de S. Dicionários escolares: definição oracional e texto lexicográfico. CARVALHO, O. L. de S.; BAGNO, M. (org.) Dicionários escolares: políticas, formas e usos. São Paulo: Parábola, 2011. p. 87-104.
CcAL. Collins Cobuild Advanced Learner’s Dictionary. 8a ed. Glasgow: Harper Collins, 2014.
CcLD. Collins Cobuild Learner’s Dictionary. London: Harper Collins, 1996.
DiJr. MATTOS, G. Dicionário Júnior da Língua Portuguesa. 3.ed. São Paulo: FTD, 2005.
DUBOIS, J.; DUBOIS-CHARLIER, F. Introduction à la lexicographie: le dictionnaire. Paris: Larousse, 1971. 224 p.
EVANS, V.; GREEN, M. Cognitive Linguistics: an introduction. Edinburgh: Edinburgh University Press, 2006. 830 p.
EVANS, V. A glossary of cognitive linguistics. Edinburgh: Edinburgh University Press, 2007. 251 p.
FARIAS, V. S. O exemplo como informação discreta e discriminante em dicionários semasiológicos de língua portuguesa. Alfa, v. 52, p. 101-122, 2008.
FARIAS, V. S. Considerações preliminares sobre o pós-comentário na microestrutura de dicionários semasiológicos. Revista Virtual de Estudos da Linguagem, v. 9, p.1 09-139, 2011.
FARIAS, V. S. Sobre a definição lexicográfica e seus problemas: fundamentos para uma teoria geral dos mecanismos explanatórios em dicionários semasiológicos. 2013. 398f. Tese (Doutorado em Letras) – Instituto de Letras, UFRGS, Porto Alegre, 2013.
GAO, J. Basic cognitive experiences and definitions in the Longman Dictionary of Contemporary English. International Journal of Lexicography, Oxford, v. 26, n. 1, p. 58-89, 2012. DOI: https://doi.org/10.1093/ijl/ecs014
GEERAERTS, D. Meaning and definition. In: STERKERBURG, P. A practical guide to lexicography. Amsterdam: John Benjamins, 2003, p. 83-93. DOI: https://doi.org/10.1075/tlrp.6.11gee
GEERAERTS, D. Theories of Lexical Semantics. New York: Oxford University Press, 2010. 384 p.
HAENSCH, G.; WOLF, L.; ETTINGER, S.; WERNER, R. La lexicografía. De la lingüística teórica a la lexicografia práctica. Madrid: Gredos, 1982. 564 p.
HARTMANN, R. R. K.; JAMES, G. Dictionary of lexicography. London/ New York: Routledge, 2002. 192 p. DOI: https://doi.org/10.4324/9780203017685
JACKSON, H. Lexicography: an introduction. London: Routledge, 2002. 204 p.
LAKOFF, G. Women, fire, and dangerous things. What categories reveal about the mind. Chicago/ London: The University of Chicago Press, 1987. 632 p. DOI: https://doi.org/10.7208/chicago/9780226471013.001.0001
LANDAU, S. Dictionaries: the art and craft of lexicography. 2.ed. Cambridge: Cambridge University Press, 2001. 496 p.
LEW, R.; DZIEMIANKO, A. A new type of folk-inspired definition in English Monolingual Learners’ Dictionaries and its usefulness for conveying syntactic information. International Journal of Lexicography, Oxford, v. 19, n. 3, p. 225-242, 2006a. DOI: https://doi.org/10.1093/ijl/ecl011
LEW, R.; DZIEMIANKO, A. Non-standard dictionary definitions: what they cannot tell native speakers of Polish. Cadernos de Tradução, n. 18, p. 275-294, 2006b.
MOON, R. Dictionaries: notions and expectations. In: BRAASCH, A.; POVLSEN, C. (ed.) Proceedings of the Tenth EURALEX International Congress. Copenhagen: University of Copenhagen, 2002, p. 629-636.
MpDH. Meu Primeiro Dicionário Houaiss. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005.
MpCA. Meu Primeiro Dicionário Caldas Aulete Infantil Ilustrado. São Paulo: Nova Fronteira, 2005.
OSTERMANN, C. Cognitive Lexicography. Boston: De Gruyter Monton, 2015. 392 p. DOI: https://doi.org/10.1515/9783110424164
RUNDELL, M. More than one way to skin a cat: why full-sentence definitions have not been universally adopted. In: FONTENELLE, T. (ed.). Practical Lexicography: a reader. Oxford: Oxford University Press, 2008, p. 197-209.
SECO, M. Estudios de lexicografía española. Madrid: Paraninfo, 1987. 258 p.
SVENSÉN, B. A handbook of lexicography. The theory and practice of dictionary-making. Cambridge: CUP, 2009. 552 p.
WELKER, H. A. Dicionários. Uma pequena introdução à lexicografia. Brasília: Thesaurus, 2004. 287 p.
WIERZBICKA, A. Defining emotions concepts. Cognitive Science, v.16, p. 539-581, 1992. DOI: https://doi.org/10.1207/s15516709cog1604_4
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos da licença Creative Commons
CC BY-NC-ND 4.0: o artigo pode ser copiado e redistribuído em qualquer suporte ou formato; os créditos devem ser dados ao autor original e mudanças no texto devem ser indicadas; o artigo não pode ser usado para fins comerciais; caso o artigo seja remixado, transformado ou algo novo for criado a partir dele, o mesmo não pode ser distribuído.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.