As construções existenciais e o problema da avaliação linguística
DOI:
https://doi.org/10.14393/DL35-v12n3a2018-16Palavras-chave:
Ter existencial, Haver existencial, Concordância verbal, Avaliação linguísticaResumo
Tendo em vista que o estudo de uma comunidade de fala não deve se esgotar na descrição e caracterização de seus traços linguísticos, mas também deve buscar explicitar suas atitudes avaliativas, pois o prestígio ou o estigma que uma comunidade associa a determinada variante pode acelerar ou barrar uma mudança na língua, mensuramos as normas subjetivas dos falantes maceioenses em relação à variação ter e haver em construções existenciais e à concordância verbal associada a essas formas verbais. Para tanto, recorremos à Teoria da Variação e Mudança Linguística (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 1968; LABOV, 1972) e utilizamos um teste de reação subjetiva composto por 20 questões, que foi aplicado a 60 informantes maceioenses. Nossos dados apontam não só que ter é o verbo existencial preferido, mas na situação formal e nos tempos pretérito imperfeito e perfeito e futuro do presente, há um aumento na escolha de haver, o que parece indicar que estamos diante de um marcador linguístico, como também que haver e ter na terceira pessoa do plural – 3PP são as variantes preferidas, sendo mais frequentes na situação formal e nos tempos pretérito imperfeito e perfeito, sugerindo que não há estigma no uso dessas variantes.Downloads
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