Implicações semânticas e de gênero em substantivos femininos
o ensino de português a imigrantes que possuem o francês como segunda língua
DOI:
https://doi.org/10.14393/DL34-v12n2a2018-14Palavras-chave:
Língua de Acolhimento, Português a imigrantes, Gênero dos substantivos, Flexão de gêneroResumo
A partir de observações realizadas em aulas de português a imigrantes, percebeu-se a identificação de gênero dos substantivos na língua portuguesa como um dificultador na aprendizagem da língua. Em função das dúvidas que emergiram durante as aulas aos imigrantes, surgiu a questão norteadora a partir da qual se desenvolveu este trabalho: em se tratando de substantivos morfologicamente femininos, por que não há percepção de inclusão do gênero masculino? Assumiu-se como hipótese que essa dificuldade provavelmente está ligada às associações que os imigrantes fazem entre o português e sua segunda língua, o francês. A fim de verificar essa hipótese, foram desenvolvidas testagens para compreender a dificuldade de diferenciação de gêneros na aquisição do português como Língua de Acolhimento. A aplicação dos testes estruturou-se da seguinte maneira: primeiramente participantes voluntários, 4 (quatro) aprendizes de português, tiveram de identificar o gênero de palavras desconectadas semanticamente, depois em um contexto de uso simulado e, por fim, através do processamento online, em que os alunos foram questionados oralmente sobre o porquê de suas escolhas nas questões textuais. A partir da análise dos achados, é possível verificar que o conhecimento de outras línguas, principalmente do francês, neste caso, influencia muito no aprendizado de uma nova língua.Downloads
Métricas
Referências
ANTUNES, I. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.
GROSSO, M. J. dos R. Língua de acolhimento, língua de integração. In: Horizontes de Linguística Aplicada. v. 9, n.2, p. 61-77, 2010. Disponível em http://periodicos.unb.br/index.php/horizontesla/article/viewArticle/5665. Acesso em 22 out. 2017.
KOLODNY, R. S. Marcação de gênero e classe temática em português e em francês (Monografia). Porto Alegre: UFRGS, 2016. Disponível em https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/157915/001019994.pdf?sequence=1. Acesso em 23 jun. 2017.
LIMA, D. C. de (Org.). Diálogo aberto com Kanavillil Rajagopalan (Rajan) (entrevista). v. 1. n. 1. Vitória da Conquista: Fólio - Revista de Letras, jan/jun 2014, p. 11-22. Disponível em http://periodicos.uesb.br/index.php/folio/article/view/2964. Acesso em 07 jul. 2017.
NEVES, M. H. de M. Subsídios teórico-metodológico para o tratamento escolar da gramática. In: TOLDO, C. S. (org.). Questões de lingüística. Passo Fundo: UPF, 2005. p. 88-105.
PALUMA, V. C. G.; RESENDE, B. N. A interferência da língua materna (português brasileiro) no aprendizado de língua estrangeira (francês). In: IX Encontro Interno e XIII Seminário de Iniciação Científica - UFU. Uberlândia: Universidade Federal de Uberlândia, 2009.
PIANTÁ, P. B. O desenvolvimento da consciência metalinguística analisada em diferentes contextos bilíngues no Brasil. Porto Alegre: UFRGS, 2011. Disponível em http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/32877/000786753.pdf?sequence=1. Acesso em 22 out. 2017.
PINTO, J. Transferências lexicais na aquisição de português como língua terceira ou língua adicional: Um estudo com alunos universitários em Marrocos. Diacrítica [online], v. 26, n. 1. 2012. p. 172-188. Disponível em http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0807-89672012000100008. Acesso em 07 jul. 2017.
TOASSI, P. F. P.; MOTA, M. B. Transferência linguística no nível sintático na produção do inglês como terceira língua. Laureate International Universities. v. 2, n. 21, outubro de 2013. Porto Alegre: Nonada, Letras em Revista, 2013. Disponível em http://www.redalyc.org/pdf/5124/512451671026.pdf. Acesso em 07 jul. 2017.
TRAVAGLIA, L. C. Gramática ensino plural. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos da licença Creative Commons
CC BY-NC-ND 4.0: o artigo pode ser copiado e redistribuído em qualquer suporte ou formato; os créditos devem ser dados ao autor original e mudanças no texto devem ser indicadas; o artigo não pode ser usado para fins comerciais; caso o artigo seja remixado, transformado ou algo novo for criado a partir dele, o mesmo não pode ser distribuído.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.