Implicações semânticas e de gênero em substantivos femininos

o ensino de português a imigrantes que possuem o francês como segunda língua

Autores

  • Suzinara Strassburger Marques Universidade do Vale do Taquari
  • Róger Sullivan Faleiro Universidade do Vale do Taquari
  • Kári Lúcia Forneck Universidade do Vale do Taquari

DOI:

https://doi.org/10.14393/DL34-v12n2a2018-14

Palavras-chave:

Língua de Acolhimento, Português a imigrantes, Gênero dos substantivos, Flexão de gênero

Resumo

A partir de observações realizadas em aulas de português a imigrantes, percebeu-se a identificação de gênero dos substantivos na língua portuguesa como um dificultador na aprendizagem da língua. Em função das dúvidas que emergiram durante as aulas aos imigrantes, surgiu a questão norteadora a partir da qual se desenvolveu este trabalho: em se tratando de substantivos morfologicamente femininos, por que não há percepção de inclusão do gênero masculino? Assumiu-se como hipótese que essa dificuldade provavelmente está ligada às associações que os imigrantes fazem entre o português e sua segunda língua, o francês. A fim de verificar essa hipótese, foram desenvolvidas testagens para compreender a dificuldade de diferenciação de gêneros na aquisição do português como Língua de Acolhimento. A aplicação dos testes estruturou-se da seguinte maneira: primeiramente participantes voluntários, 4 (quatro) aprendizes de português, tiveram de identificar o gênero de palavras desconectadas semanticamente, depois em um contexto de uso simulado e, por fim, através do processamento online, em que os alunos foram questionados oralmente sobre o porquê de suas escolhas nas questões textuais. A partir da análise dos achados, é possível verificar que o conhecimento de outras línguas, principalmente do francês, neste caso, influencia muito no aprendizado de uma nova língua.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Suzinara Strassburger Marques, Universidade do Vale do Taquari

Graduanda em Letras Português-Inglês pela Universidade do Vale do Taquari (Univates). Atualmente atua como Auxiliar Acadêmico e voluntária do Projeto de Extensão Veredas da Linguagem, na Universidade do Vale do Taquari (Univates). Também atua como monitora e professora de inglês na Phoenix Escola de Línguas.

Róger Sullivan Faleiro, Universidade do Vale do Taquari

Graduando em Letras Português pela Universidade do Vale do Taquari (Univates). Atualmente atua como bolsista de extensão no Projeto de Extensão Veredas da Linguagem e como bolsista de iniciação à docência no PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), na Universidade do Vale do Taquari (Univates).

Kári Lúcia Forneck, Universidade do Vale do Taquari

Doutora em Linguística (2016), pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Atualmente trabalha no Centro Universitário Univates, onde atua como docente e coordenadora do Curso de Letras, além de participar de atividades de pesquisa e de extensão.

Referências

ANTUNES, I. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.

GROSSO, M. J. dos R. Língua de acolhimento, língua de integração. In: Horizontes de Linguística Aplicada. v. 9, n.2, p. 61-77, 2010. Disponível em http://periodicos.unb.br/index.php/horizontesla/article/viewArticle/5665. Acesso em 22 out. 2017.

KOLODNY, R. S. Marcação de gênero e classe temática em português e em francês (Monografia). Porto Alegre: UFRGS, 2016. Disponível em https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/157915/001019994.pdf?sequence=1. Acesso em 23 jun. 2017.

LIMA, D. C. de (Org.). Diálogo aberto com Kanavillil Rajagopalan (Rajan) (entrevista). v. 1. n. 1. Vitória da Conquista: Fólio - Revista de Letras, jan/jun 2014, p. 11-22. Disponível em http://periodicos.uesb.br/index.php/folio/article/view/2964. Acesso em 07 jul. 2017.

NEVES, M. H. de M. Subsídios teórico-metodológico para o tratamento escolar da gramática. In: TOLDO, C. S. (org.). Questões de lingüística. Passo Fundo: UPF, 2005. p. 88-105.

PALUMA, V. C. G.; RESENDE, B. N. A interferência da língua materna (português brasileiro) no aprendizado de língua estrangeira (francês). In: IX Encontro Interno e XIII Seminário de Iniciação Científica - UFU. Uberlândia: Universidade Federal de Uberlândia, 2009.

PIANTÁ, P. B. O desenvolvimento da consciência metalinguística analisada em diferentes contextos bilíngues no Brasil. Porto Alegre: UFRGS, 2011. Disponível em http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/32877/000786753.pdf?sequence=1. Acesso em 22 out. 2017.

PINTO, J. Transferências lexicais na aquisição de português como língua terceira ou língua adicional: Um estudo com alunos universitários em Marrocos. Diacrítica [online], v. 26, n. 1. 2012. p. 172-188. Disponível em http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0807-89672012000100008. Acesso em 07 jul. 2017.

TOASSI, P. F. P.; MOTA, M. B. Transferência linguística no nível sintático na produção do inglês como terceira língua. Laureate International Universities. v. 2, n. 21, outubro de 2013. Porto Alegre: Nonada, Letras em Revista, 2013. Disponível em http://www.redalyc.org/pdf/5124/512451671026.pdf. Acesso em 07 jul. 2017.

TRAVAGLIA, L. C. Gramática ensino plural. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2011.

Downloads

Publicado

29.06.2018

Como Citar

MARQUES, S. S.; FALEIRO, R. S.; FORNECK, K. L. Implicações semânticas e de gênero em substantivos femininos: o ensino de português a imigrantes que possuem o francês como segunda língua. Domínios de Lingu@gem, Uberlândia, v. 12, n. 2, p. 1071–1090, 2018. DOI: 10.14393/DL34-v12n2a2018-14. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/dominiosdelinguagem/article/view/40368. Acesso em: 21 nov. 2024.