Memória fonológica de falantes de português brasileiro como língua de herança
DOI:
https://doi.org/10.14393/DL34-v12n2a2018-22Palavras-chave:
Português como Língua Estrangeira (PLE), Língua de Herança, Fonética, Fonologia, Memória.Resumo
O foco desta pesquisa é a análise de um aspecto fonológico da aprendizagem de Português como Língua de Herança (PLH) na variedade brasileira. O objetivo geral é verificar se um falante de língua de herança, ao aprender a língua depois de adulto, mobiliza traços fonéticos/fonológicos recuperados da variante a que foi exposto na primeira infância. Apoiamo-nos em Cummins (1983), empregando seu conceito de Língua de Herança em Doi (2006), Flores e Melo-Pfeifer (2014) e Spinassé (2006), abordando e diferenciando os conceitos de língua materna, segunda língua e língua estrangeira; e em Miranda (2012), que fez uma análise acústico-comparativa das vogais do português brasileiro com as do inglês norte-americano. Os dados foram obtidos através de um protocolo de investigação composto por questionários e entrevistas aplicados a falantes de português brasileiro como língua de herança que se encaixam na seguinte situação: filhos de pai ou mãe brasileiros que aprenderam a língua portuguesa na infância em um ambiente de não imersão. Os dados demonstram que a variação dialetal dos participantes é compatível com as variedades a que eles foram expostos na primeira infância e diferente da variedade utilizada pelos professores com os quais tiveram instrução formal no português. Os detalhes fonéticos presentes na fala dos participantes apoiam nossa hipótese de que há uma memória processual fonético-fonológica atuante, que foi adquirida na primeira infância.Downloads
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