A palavra do outro na redação-Enem: Polifonia ou Sobreposição de discursos?
DOI:
https://doi.org/10.14393/DL19-v9n3a2015-2Resumo
No presente trabalho, buscamos compreender como a palavra do outro foi agenciada por um scriptor em uma redação caracterizada de "Nota 1000" pela instância corretora de vestibular ENEM — Exame Nacional do Ensino Médio (2011) —, ao (re)tomar enunciados constituídos sócio historicamente acerca do tema "Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado". Dito de outro modo, vamos descrever e interpretar, pautados em pressupostos teóricos de Bakhtin (1981; 1988a e 1988b; 1997), mo(vi)mentos de tomada de posição desse scriptor (no nível de sua argumentação) ante à palavra do outro. Tais mo(vi)mentos permitir-nos-ão indicar se se tratam de (e)feitos de polifonia discursiva (consoante ao pensamento bakhtiniano) ou de sobreposição de discursos. Dessa feita, ser-nos-á possível corroborar a (in)verdade escutada e propalada na/pela máxima "todo discurso é polifônico".
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