Uma topologia do presente: cenas dos (não) rituais de vida contemporânea
DOI:
https://doi.org/10.14393/REVEDFIL.v39a2025-75340Palavras-chave:
Rituais, Resenha, Byung-ChulResumo
Resenha da obra: HAN, Byung-Chul. O desaparecimento dos rituais: Uma topologia do presente. Tradução Gabriel Salvi Philipson. Petrópolis: Vozes, 2021.
Resumo: Em O desaparecimento dos rituais: Uma topologia do presente, Byung-Chul Han (nascido na Coreia do Sul e radicado na Alemanha, onde é professor de Filosofia e Estudos Culturais na Universidade de Berlim), apresenta uma reflexão filosófica contemporânea acerca dos rituais, mais precisamente sobre o tempo presente, sustentado pela racionalidade neoliberal, o que conflui em uma espécie de Sociedade do cansaço, tema que já fora abordado pelo mesmo autor em obra homônima. Trata-se de uma espécie de desconsideração dos rituais, lançando a existência humana para uma dimensão unívoca do desempenho exigido no tempo presente. Em termos do próprio autor, a um inferno do igual. O ensaio é dividido em onze capítulos, que poderíamos nominar onze rituais. Nesta resenha crítica, dialogamos com cada um deles, refletindo sobre suas implicações na formação de subjetividades contemporâneas.
Topology of the present: scenes of the (non) rituals of contemporary life
Abstract: In The disappearance of rituals: A topology of the present, Byung-Chul Han (born in South Korea and based in Germany, where he is professor of Philosophy and Cultural Studies at the University of Berlin), presents a contemporary philosophical reflection on rituals, more precisely on the present time, supported by neoliberal rationality, which converges into a kind of Tiredness Society, a theme that had already been addressed by the same author in a work of the same name. This is a kind of disregard for rituals, casting human existence into a univocal dimension of performance required in the present time. In terms of the author himself, one hell of a match. The essay is divided into eleven chapters, which we could call eleven rituals. In this critical review, we dialogue with each of them, reflecting on their implications for the formation of contemporary subjectivities.
Una topología del presente: escenas de los (no) rituales de la vida contemporánea
Resumén: En La desaparición de los rituales: una topología del presente, Byung-Chul Han (nacido en Corea del Sur y afincado en Alemania, donde es profesor de Filosofía y Estudios Culturales en la Universidad de Berlín), presenta una reflexión filosófica contemporánea sobre los rituales, más precisamente en la actualidad, sustentada en la racionalidad neoliberal, que confluye en una especie de Sociedad del Cansancio, tema que ya había sido abordado por el mismo autor en una obra del mismo nombre. Se trata de una especie de desprecio por los rituales, que arroja la existencia humana a una dimensión unívoca de actuación requerida en el tiempo presente. En términos del propio autor, un gran partido. El ensayo se divide en once capítulos, que podríamos denominar once rituales. En esta revisión crítica dialogamos con cada uno de ellos, reflexionando sobre sus implicaciones para la formación de las subjetividades contemporáneas.
Data de registro: 16/09/2024
Data de aceite: 29/10/2025
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