Formação inicial de professores da educação de jovens e adultos em Moçambique
DOI:
https://doi.org/10.14393/REVEDFIL.v39a2025-72622Palavras-chave:
formação de professores, educação de jovens e adultos, políticas educacionais, formação inicial, MoçambiqueResumo
Resumo: O objectivo deste artigo é analisar os aspectos sociopolíticos e pedagógicos da formação inicial de professores da educação de jovens e adultos em Moçambique. Para tal, se adotou uma abordagem qualitativa, tendo se privilegiado a pesquisa bibliográfica e a análise documental. Com a proclamação da independência nacional em 1975, o país de deparou com uma elevada taxa de analfabetismo, cerca de 97%. É neste contexto desafiador que foram adotadas políticas educacionais para a formação de professores, especialmente para atuar na educação de jovens e adultos. Inicialmente, os cursos de formação de professores eram de curta de duração, tendo em conta a necessidade de realizar campanhas nacionais de alfabetização. Posteriormente, foram implementados cursos de nível médio, oferecidos pelos Institutos de Formação de Educadores de Adultos (IFEA). Neste artigo, se dá um destaque aos cursos de nível médio, pelo impacto que tiveram nas políticas educacionais moçambicanas.
Palavras-chave: Formação de Professores; Educação de Jovens e Adultos; Formação Inicial; Políticas Educacionais; Moçambique.
Initial training of youth and adult education teachers in Mozambique
Abstract: The aim of this article is to analyze the sociopolitical and pedagogical aspects of the initial training of youth and adult education teachers in Mozambique. To this end, a qualitative approach was adopted, with bibliographic research and documentary analysis being privileged. With the proclamation of national independence in 1975, the country faced a high illiteracy rate, around 97%. It is in this challenging context that educational policies were adopted for teacher training, especially to work in the education of young people and adults. Initially, teacher training courses were short, taking into account the need to carry out national literacy campaigns. Subsequently, secondary-level courses were implemented, offered by the Adult Educators Training Institutes (IFEA). In this article, high-school courses are highlighted, due to the impact they had on Mozambican educational policies.
Keywords: Teacher Training; Youth and Adult Education; Initial Formation; Educational Policies; Mozambique.
Formación inicial de profesores de educación de jóvenes y de adultos en Mozambique
Resumen: El objetivo de este artículo es analizar los aspectos sociopolíticos y pedagógicos de la formación inicial de profesores de educación de jóvenes y adultos en Mozambique. Para ello se adoptó un enfoque cualitativo, privilegiando la investigación bibliográfica y el análisis documental. Con la proclamación de la independencia nacional en 1975, el país enfrentó una alta tasa de analfabetismo, alrededor del 97%. Es en este contexto desafiante que se adoptaron políticas educativas para la formación docente, especialmente para trabajar en la educación de jóvenes y adultos. Inicialmente, los cursos de formación docente eran de corta duración, teniendo en cuenta la necesidad de llevar a cabo campañas nacionales de alfabetización. Posteriormente se implementaron cursos de nivel secundario, ofrecidos por los Institutos de Formación de Educadores de Adultos (IFEA). En este artículo se destacan los cursos de secundaria debido al impacto que tuvieron en las políticas educativas de Mozambique.
Palabras clave: Formación Docente; Educación de Jóvenes y Adultos; Formación Inicial; Políticas Educativas; Mozambique.
Data de registro: 04/03/2024
Data de aceite: 18/06/2024
Downloads
Referências
AZEVEDO, Gilmar; SEMENSATTO, Simone. O saber, o fazer científico e a metodologia da pesquisa. In: SILVA, Lais Nines et al. Manual de Trabalhos Acadêmicos e Científicos: orientações práticas à comunidade universitária da UERGS. Porto Alegre: UERGS, 2013.
CANÁRIO, Rui. Inovação e projeto educativo de escola. Lisboa: Educa Organizações, 1992.
CARVALHO, J. Eduardo. Metodologia do Trabalho Científico: “saber-fazer” da investigação para dissertações e teses. Lisboa: Escolar Editora, 2002, 156p.
COSTA, Jorge Adelino. Gestão escolar: participação, autonomia, projeto educativo da escola. 5. ed. Lisboa: Texto Editora, 1999.
DA SILVA, Edna Lúcia; Menezes, Estera Muszkat. Metodologia da Pesquisa e Elaboração de Dissertação. 4. ed. rev. e atual. Florianópolis: UFSC, 2005. Disponível em: https://tccbiblio.paginas.ufsc.br/files/2010/09/024_Metodologia_de_pesquisa_e_elaboracao_de_teses_e_dissertacoes1.pdf. Acesso em: 15 jun. 2023.
DELORS, Jacques. Educação, um tesouro a descobrir: relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI. Trad. Carlos Eufrázio. São Paulo: Cortez & UNESCO, 1998.
DELORS, Jacques. Educação, um tesouro a descobrir: relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI. Trad. Guilherme João de Freitas Teixeira. Brasília: Faber-Castell & UNESCO, 2010.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 53. ed. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 2016.
GODOY, Arilda Schmidt. Pesquisa qualitativa: tipos fundamentais. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 35, n. 3, p. 20-29, 1995. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-75901995000300004. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rae/a/ZX4cTGrqYfVhr7LvVyDBgdb/?lang=pt. Acesso em: 25 fev. 2024.
GÓMEZ, Angel Pérez. O pensamento prático do professor: a formação do professor como profissional reflexivo. In: NÓVOA, António. Os professores e a sua formação. 2. ed. Lisboa: Dom Quixote, 1995. p. 93-114.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do Trabalho Científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
MAXIMIANO, António Cesar Amaru. Administração de projetos: transformando ideias em resultados. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
MOÇAMBIQUE, ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA. Lei 4/83, de 24 de Março. Lei do Sistema Nacional de Educação.
MOÇAMBIQUE, ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA. Lei 6/92, de 06 de maio. Reajusta o quadro geral do sistema educativo.
MOÇAMBIQUE, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. Manual do instrutor: programas de formação de alfabetizadores do 1º e 2º ano. Maputo: MEC (Direção Nacional de Alfabetização e Educação de Adultos), 1983.
MOÇAMBIQUE, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Estratégia para formação de professores (2004-2015): proposta de políticas. Maputo: MINED (Direção Nacional de Formação de Professores e Técnicos de Educação), 2004.
MOÇAMBIQUE, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Proposta curricular para a formação de educadores/as jovens e adultos/as. Maputo: MINED (Direção Nacional de Alfabetização e Educação de Adultos), 2010.
MOÇAMBIQUE, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Diploma ministerial nº 180/2010, de 3 de novembro. Cria os Institutos de Formação de Educadores de Adultos.
MOÇAMBIQUE, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Plano curricular para a formação de educadores de jovens e adultos. Maputo: MINED (Direção Nacional de Alfabetização e Educação de Adultos), 2011a.
DE OLIVEIRA, Rosalba Lopes. Formação Docente: traçando modelos que subjazem à prática. Quipus, ano 1, n. 1, p. 13-24, 2012.
PARENTE, Cristina. Competências: formar e gerir pessoas. Porto: Edições Afrontamento, 2008.
PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani César. Metodologia do Trabalho Científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. Novo Hamburgo: Universidade Feevale, 2013.
SÁ-SILVA, Jackson Ronie; ALMEIDA, Cristóvão Domingos; GUINDANI, Joel Felipe. Pesquisa documental: pistas teóricas e metodológicas. Revista Brasileira de História e Ciências Sociais, São Leopoldo, ano 1, n.1, p. 1-15, 2009. Disponível em: https://siposg.furg.br/selecao/download/1123/pesquisa_documental.pdf. Acesso em: 27 fev. 2024.
SCHON, Donald A. Formar professores como profissionais reflexivos. In NÓVOA, António. Os professores e a sua formação. 2. ed. Lisboa: Dom Quixote, 1995. p. 77-91.
TORRES, Rosa Maria. Melhorar a qualidade da educação básica? As estratégias do Banco Mundial. Tradução Mónica Corullón. In: HADDAD, Sérgio; WARDE, Mirian Jorge; DI TOMMASI, Lívia. O Banco Mundial e as políticas educacionais. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2009. p. 125-193.
UAMUSSE, David Lourenço. Formação de alfabetizadores e educadores no contexto educativo moçambicano. 2015, 15p.
WEISS, Joseph W.; WYSOCKI, Robert K. 5-Phase Project Management: a practical planning & implementation guide. New York: Addison-Wesley, 1992.
XAVIER, André Joaquim Gonçalves. Formação de educadores de jovens e adultos: aspectos sociopolíticos e pedagógicos. 2019. 246f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal Fluminense, 2019. Disponível em: https://app.uff.br/riuff/handle/1/14687. Acesso em: .
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 André Joaquim Gonçalves Xavier

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Declaração de direitos autorais: Os trabalhos publicados são de propriedade dos seus autores, que poderão dispor deles para posteriores publicações, sempre fazendo constar a edição original (título original, Educação e Filosofia, volume, nº, páginas). Todos os artigos desta revista são de inteira responsabilidade de seus autores, não cabendo qualquer responsabilidade legal sobre seu conteúdo à Revista ou à EDUFU.
Declaration of Copyright: The works published are the property of their authors, who may make use of them for later publications, always citing the original publication (original title, Educação e Filosofia, volume, issue, pages). The authors of the articles published are fully responsible for them; the journal and/or EDUFU are exempt from legal responsibility for their content.
Déclaration de droit d’auteur: Les œuvres publiées sont la propriété de leurs auteurs, qui peuvent les avoir pour publication ultérieure, à condition que l'édition originale soit mentionnée (titre de l'original, Educação e Filosofia, volume, nombre, pages). Tous les articles de cette revue relèvent de la seule responsabilité de leurs auteurs et aucune responsabilité légale quant à son contenu n'incombe au périodique ou à l’EDUFU.
