A Base Nacional Comum Curricular e as formas de subjetivação do professor de Matemática

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.14393/REPOD-v10n1a2021-55011

Palabras clave:

Política educacional, Currículo e poder, Formação Matemática

Resumen

O artigo propõe um debate acerca das proposições da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e os seus impactos na formação de professores que ensinam Matemática. Para tanto, destaca-se como problemática: “Qual perfil de professor que ensina Matemática no ensino fundamental é desejado pela BNCC?”. A análise discursiva foi utilizada na compreensão das relações de poder que emergem do discurso da Base. No que concerne ao currículo, ao conhecimento escolar e às subjetivações, Apple (2001 e 2006) e Silva (1999) subsidiaram as discussões, possibilitando a percepção de que a BNCC, como documento norteador, sugere a Matemática como uma ciência humana — produzida por diferentes grupos sociais — contudo, apresenta um discurso hegemônico, priorizando certos saberes e competências.

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Biografía del autor/a

Letiane Oliveira da Fonseca, Universidade Federal de Pelotas - Brasil

Mestra em Educação Matemática pela Universidade Federal de Pelotas. Professora de Matemática na rede municipal de Pelotas.

Márcia Souza da Fonseca, Universidade Federal de Pelotas - Brasil

Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Docente do Instituto Física e Matemática da Universidade Federal de Pelotas.

Jaíne Telles Quevedo, Universidade Federal de Pelotas - Brasil

Acadêmica do Mestrado em Educação Matemática da Universidade Federal de Pelotas. Professora alfabetizadora na Escola de Ensino Fundamental Castro Alves.

Mônica Roxo Correa, Universidade Federal de Pelotas - Brasil

Especialista em Orientação Educacional pela Faculdade Dom Bosco. Professora de Educação Infantil na rede municipal de Pelotas.

Citas

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Publicado

2021-01-27

Cómo citar

FONSECA, L. O. da .; FONSECA, M. S. da .; QUEVEDO, J. T. .; CORREA, M. R. A Base Nacional Comum Curricular e as formas de subjetivação do professor de Matemática. Revista Educação e Políticas em Debate, [S. l.], v. 10, n. 1, p. 469–481, 2021. DOI: 10.14393/REPOD-v10n1a2021-55011. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revistaeducaopoliticas/article/view/55011. Acesso em: 22 nov. 2024.

Número

Sección

Artigos de Demanda Contínua