Integração dos Referenciais Verticais Terrestre e Oceânico: Conceitos Relacionados, Projetos Desenvolvidos e Desafios

Conteúdo do artigo principal

Tulio Alves Santana
https://orcid.org/0000-0002-4429-9409
Regiane Dalazoana
https://orcid.org/0000-0001-5468-0679

Resumo

No Brasil, os Níveis de Redução (NREDs) das Estações Maregráficas (EMs) são utilizados como os Data verticais oceânicos ou Chart Datum (CD) os quais são referências para as cartas náuticas confeccionadas pela Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN). Em contrapartida ao que é adotado no país, a Organização Hidrográfica Internacional (IHO) recomenda que a superfície usada como referência para obtenção do Datum para reduções de sondagens em zonas costeiras seja definida pela superfície LAT (Lowest Astronomical Tide) calculada a partir de pelo menos 18,6 anos de observações maregráficas. A unificação do referencial vertical oceânico e a integração entre os referenciais verticais é algo que se tem almejao para a costa brasileira por meio de parcerias entre diversas instituições e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Adotar uma superfície dada pela LAT solucionaria os problemas apresentados pela adoção dos NREDs como CD: o caráter local; o fato de que algumas profundidades podem ser menores do que as constantes na carta; a questão da determinação de cada NREDs em épocas distintas; a falta de padronização da extensão das séries temporais para quantificação dos NREDs e, sobretudo, a impossibilidade de conexão ao Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas (SIRGAS). Com o objetivo de contribuir com as discussões relativas à temática da integração dos referenciais verticais em região costeira, este artigo apresenta conceitos envolvidos, projetos já desenvolvidos em outras regiões do mundo e alguns desafios inerentes ao Brasil, para a unificação do referencial oceânico e a integração dos referenciais verticais.

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Como Citar
SANTANA, T. A.; DALAZOANA, R. . Integração dos Referenciais Verticais Terrestre e Oceânico: Conceitos Relacionados, Projetos Desenvolvidos e Desafios. Revista Brasileira de Cartografia, [S. l.], v. 72, n. 2, p. 345–364, 2020. DOI: 10.14393/rbcv72n2-52611. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revistabrasileiracartografia/article/view/52611. Acesso em: 22 jul. 2024.
Seção
Artigos de Revisão
Biografia do Autor

Tulio Alves Santana, UFU

Engenheiro Agrimensor e Cartógrafo no Instituto de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e aluno do Programa de Pós-Graduação em Ciências Geodésicas (PPGCG) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Graduado em Engenharia de Agrimensura e Cartográfica na UFU (2013/2017). Foi Agente de Pesquisas e Mapeamento no IBGE - Agência Paracatu (2017/2018). Na pesquisa de mestrado em desenvolvimento estuda "Integração de Referenciais Verticais em Regiões Costeiras". Tem interesse nos seguintes temas: Integração da componente vertical em região costeira. Sistemas de Monitoramento do Planeta. Referenciais Verticais. Integração de dados de Altimetria por satélite com dados maregráficos. Monitoramento do Nível do Mar. Modelagem do geopotencial. Conexão de data verticais. Rede de Referência Altimétrica Internacional.

Regiane Dalazoana, Universidade Federal do Paraná

Possui graduação em Engenharia Cartográfica pela Universidade Federal do Paraná (1999), mestrado em Ciências Geodésicas pela Universidade Federal do Paraná (2001) e doutorado em Ciências Geodésicas pela Universidade Federal do Paraná (2006). Atualmente é professor associado da Universidade Federal do Paraná. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geodésia, atuando principalmente nos seguintes temas: sistema geodésico de referência, redes geodésicas de referência e altimetria por satélites.

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