AVALIAÇÃO DA EXPANSÃO DA INFRAESTRUTURA EM ESGOTAMENTO SANITÁRIO NA MANCHA CONURBADA DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE: 2000 A 2010

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Grazielle Anjos Carvalho
Ana Clara Mourão Moura
Monica Amaral Haddad

Resumo

A Região Metropolitana de Belo Horizonte é composta por 34 municípios e apresentou diferentes eixos de crescimento (norte, sul e oeste) ao longo do tempo, sobretudo nos últimos 10 anos. Esse crescimento aconteceu principalmente em 19 municípios, que compõem um conjunto onde se encontra 79.68% da população da RMBH, e onde vivem 4.314.967 habitantes. Contudo, observa-se que a instalação de infraestrutura, sobretudo a de esgotamento sanitário, não acompanhou o crescimento populacional. O artigo tem como objetivo identiï¬car as áreas prioritárias para investimento em esgotamento sanitário na zona conurbada da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) - MG, Brasil. A metodologia é composta pela monitoria temporal da mancha conurbada de RMBH, que identiï¬ca as áreas onde aconteceu o espraiamento da mancha urbana, seguida do cruzamento desta mancha com a análise dos domicílios atendidos por esgotamento sanitário. Como resultado são apresentados o mapa e a análise dos investimentos em esgotamento sanitário correspondente ao período de 2000 a 2010. O cruzamento dos mapas de investimento em esgotamento sanitário com o de crescimento da mancha urbana revela que foi pequeno o investimento em infraestrutura de esgotamento sanitário nas áreas onde houve crescimento da mancha urbana. Observa-se que a maior parte dos investimentos, com incremento da infraestrutura, aconteceu nas áreas de ocupação já existente, mas que ainda eram frágeis quanto à oferta do serviço. A análise ï¬nal demonstra que já existiam áreas ocupadas com carência de esgotamento sanitário, e os recursos foram destinados a elas, mas as novas áreas de manchas urbanas, resultantes de espraiamento da ocupação, foram negligenciadas no atendimento pela infraestrutura. No cômpito geral, observa-se ainda muita fragilidade nos serviços de infraestrutura de esgotamento sanitário, e indica-se esta variável como importante forma de mensuração de desenvolvimento social para a realidade brasileira.

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Como Citar
CARVALHO, G. A.; MOURA, A. C. M.; HADDAD, M. A. AVALIAÇÃO DA EXPANSÃO DA INFRAESTRUTURA EM ESGOTAMENTO SANITÁRIO NA MANCHA CONURBADA DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE: 2000 A 2010. Revista Brasileira de Cartografia, [S. l.], v. 68, n. 1, 2016. DOI: 10.14393/rbcv68n1-44478. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revistabrasileiracartografia/article/view/44478. Acesso em: 18 nov. 2024.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Grazielle Anjos Carvalho, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

Doutoranda em Geografia (2012) - Modelagem dinâmica da Paisagem aplicada ao Planejamento Urbano, Mestre em Geografia e Análise Ambiental (2010) e Graduada em Geografia (2007) pela Universidade Federal de Minas Gerais. Estágio Doutoral no Exterior na Iowa State University. Atuou como professora nos cursos de Ecologia, Geografia, Engenharia Civil e Mineração no UNIBH. Tem experiência na área de ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: Planejamento Urbano, Spatial Analysis, Geostatistical Analyst, Modelagem preditiva da paisagem Urbana, Geoprocessamento, Cartografia temática e Sensoriamento Remoto, Meio Ambiente, Capacitação em Geoprocessamento.

Ana Clara Mourão Moura, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE ARQUITETURA Laboratório de Geoprocessamento/EA - Sala 410A, Rua Paraíba, 697

Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela UFMG, Especialização em Planejamento Territorial e Urbano pela PUC-MG e Universidade de Bologna, Mestrado em Geografia (Organização Humana do Espaço) pela UFMG e Doutorado em Geografia (Geoprocessamento) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente é Professor Associado da UFMG, Departamento de Urbanismo, e coordena o Laboratório de Geoprocessamento da Escola de Arquitetura. Tem experiência na área de Urbanismo e Geociências, com ênfase em Análise Espacial, Sistemas de Informações Geográficos, Representação Cartográfica, Diagnóstico Ambiental Urbano, Gestão Espacial de Patrimônio Histórico e Paisagístico. Atua principalmente nos seguintes temas: geoprocessamento, paisagem, patrimônio cultural, análise ambiental e análise urbana. Coordenadora do grupo de pesquisa CNPq: Geoprocessamento na Gestão da Paisagem Urbana e Ambiental.

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