Reflexões sobre possibilidades e desafios da educação popular como referencial para o trabalho de residentes em Medicina de Família e Comunidade
DOI:
https://doi.org/10.14393/rep-v18n22019-47275Palabras clave:
Educação Popular, Medicina de Família e Comunidade, Residência Médica, Atenção Primária à Saúde, Educação em SaúdeResumen
O presente trabalho analisa possibilidades e desafios da Educação Popular (EP) como referencial para o trabalho médico no contexto da Residência de Medicina de Família e Comunidade. É um estudo do tipo compreensivo e interpretativo, realizado em João Pessoa, Paraíba, Brasil, com residentes do segundo ano da Residência de Medicina de Família e Comunidade, vinculada à Universidade Federal da Paraíba, por meio da metodologia de grupo de discussão. Os resultados evidenciaram potencialidades agregadas pela EP ao trabalho médico, como construção compartilhada de conhecimento, o trabalho integrado com agentes comunitários de saúde e com outros profissionais, bem como o estabelecimento dos grupos comunitários e das consultas médicas como espaços educativos. Emergiram obstáculos para a prática da EP como: pressão assistencial elevada e conflitos com modelos de gestão centrados preponderantemente na prestação de atendimento ambulatorial. Conclui-se que a EP é uma estratégia presente no cotidiano de trabalho dos residentes, mas sua implementação sofre dificuldades a serem superadas para real efetivação como ferramenta potencializadora do trabalho médico.
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