Travestilidade em imagens
Uma análise do álbum Pajubá e do documentário Bixa Travesty de Linn da Quebrada
DOI:
https://doi.org/10.14393/LL63-v40-2024-23Palavras-chave:
Análise de Discurso, Travestilidade, Linn da Quebrada, Pajubá, Bixa TravestyResumo
Este artigo é resultado de uma pesquisa que teve como objetivo analisar o álbum Pajubá (2017) e o documentário Bixa Travesty (2019) da multiartista Linn da Quebrada. Neste texto, direcionamos nosso olhar para o encarte do CD e para fragmentos do documentário, objetivando analisar como os discursos sobre a travestilidade e o cisheteropatriarcado perpassam as obras. Para tratar desse corpus, nos inscrevemos no campo teórico Análise do Discurso materialista (Pêcheux, 1985; Orlandi, 2020) e nos apoiamos em discussões acerca do transfeminismo (Nascimento, 2021). Em nosso gesto de leitura, entendemos as imagens como materialidade significante (Lagazzi, 2011) e as tomamos como discurso. Como resultado dessa primeira parte de análise, concluímos que os discursos das vivências de travestis se materializam nas imagens mobilizadas pela artista para compor o encarte e as cenas do documentário e retomam sentidos compartilhados socialmente, pelos quais Linn da Quebrada se diz e diz da subjetividade travesti em sua obra.
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