“É trabalhar ou morrer de fome"

Neoliberalismo, pandemia e violência no Twitter

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/LL63-v38-2022-29

Palavras-chave:

Pandemia, Discurso, Redes sociais, Lockdown, Necropolítica

Resumo

Este artigo visa problematizar discursividades acerca do lockdown engendradas no Twitter por figuras políticas públicas. Com base na Análise do Discurso pecheutiana e nas considerações de Foucault e Mbembe sobre biopoder e necropolítica, buscamos, no corpus, regularidades enunciativas (des)veladas nos efeitos metafóricos produzidos no batimento entre o fio do discurso e a interdiscursividade. Em nossas análises, delineamos três discursos predominantes, a saber: o discurso da rivalidade, o discurso do desamparo e o discurso religioso, os quais são constituídos por uma interdiscursividade neoliberal, que, por sua vez, funciona de modo a desresponsabilizar o Estado perante as mazelas enfrentadas pelos cidadãos e a corroborar o sofrimento daqueles que fazem parte do “sul global”.

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Biografia do Autor

  • Cristiane Carvalho de Paula Brito, UFU

    Doutora em Linguística Aplicada. Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

  • Thyago Madeira França, UEG

    Doutor em Estudos Linguísticos. Universidade Estadual de Goiás (UEG).

  • Rogério de Castro Ângelo, IFTM

    Professor de português/inglês do Instituto Federal do Triângulo Mineiro. Doutorando em Estudos Linguísticos no PPGEL da Universidade Federal de Uberlândia. Seus interesses de pesquisa incluem: ensino-aprendizagem de línguas, ensino remoto, educação. E-mail: rogerioangelo@iftm.edu.br.

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Publicado

08-05-2023

Como Citar

“É trabalhar ou morrer de fome": Neoliberalismo, pandemia e violência no Twitter. Letras & Letras, Uberlândia, v. 38, p. e3829 | p. 1–24, 2023. DOI: 10.14393/LL63-v38-2022-29. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/letraseletras/article/view/67914. Acesso em: 29 abr. 2025.

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